Salada Verde

Apreensões no DF reforçam falhas na criação amadora de aves

Mil e sessenta e seis aves de 39 espécies foram confiscadas de 2017 a 2021, mostram especialistas das universidades Paulista e de Brasília

Aldem Bourscheit ·
26 de setembro de 2023
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente

Ao menos 1.066 aves de 39 espécies foram apreendidas de 2017 a 2021 no Distrito Federal. Os números foram extraídos da base de dados de autuações do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), vinculado ao Governo do Distrito Federal (GDF).

Assinada por especialistas das universidades Paulista (UNIP) e de Brasília (UNB), a análise mostra como espécies mais apreendidas o canário-da-terra (Sicalis flaveola), o baiano (Sporophila nigricollis) e o pássaro-preto (Gnorimopsar chopi)

Planaltina, Santa Maria e São Sebastião são as regiões administrativas com mais confiscos. Mais preocupante, nove das dez espécies mais apreendidas estão entre os animais mais presentes em criadouros amadores, conforme o Sistema de Cadastramento de Passeriformes (SISPASS), do Ibama. 

Como publicamos em fevereiro, um relatório do governo federal mostrou que dados falsos registrados por criadores amadores facilitam o tráfico de aves silvestres no país. Além disso, o balanço apontou que a atividade não contribuiria para a conservação de espécies nativas.

  • Aldem Bourscheit

    Jornalista brasilo-luxemburguês cobrindo há mais de duas décadas temas como Conservação da Natureza, Crimes contra a Vida Sel...

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Comentários 5

  1. Não pode ave de criação domésticas, então não pode QUAQUER tipo de animal que assim como as aves nascidas em cativeiro domésticos, também não pode cão, gato, peixe em aquário etc, onde todos também vieram das matas. Vamos parar com tanta hipocrisia, e menos briga política. Animas não tem lado político. Mais seriedade com um tema tão necessário.


  2. José Martins Izidoro diz:

    Reportagem tendenciosa e sem buscar realmente todos os fatos, dados e informações antes de prejulgar e condenar os verdadeiros criadores credenciados como se fossem traficantes.
    Comparativo malicioso com quem contribui como mantenedor de exemplares que ajudam a repovoar o eco-sistema e não ter extinção de muitas espécies.
    É preciso saber separar o joio do trigo.
    Pegar dados aleatórios e jogar na mídia é muito fácil e não condiz com os fatos e onde realmente se encontram os reais problemas.


  3. Wilson Vilela Júnior diz:

    Medíocres são os sem noção que entram em um assunto que desconhecem por completo. Generalizam e não separam os criadores, que amam e cuidam muito bem de suas aves, com quem infringe as leis de proteção. Daí querem penalizar geral, o que é ilegal e injusto.
    Aos que não gostam de aves na gaiola é só não ter, e deixar de palpitar na vida merecedora de quem gosta.


  4. SERGIO STEINER diz:

    Urgente acabar com essa farra comercial!!! Onde estão a seriedade? Essa conversa de que não saberiam viver depois de soltos é muito relativa!!!4👍👍


  5. ARILDO GOBETTI diz:

    Só se resolve o problema do tráfico de aves e outros animais silvestres da fauna Brasileira, bem como, o comércio e caças indevidas, criando leis mais severas. A legislação atual, nunca irá resolver esse problema. Esse crime continuará até que a legislação seja mudado e torne esse crime com penas e multas realmente severas. Prisões sem fiança, com no mínimo de cinco a dose anos. Com lei eficiente, certamente nossa fauna estará mais bem protegida.