Uma barragem de rejeito de lavra de ouro se rompeu na manhã de terça-feira (01), no município de Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso. O rompimento da barragem TB01 deixou moradores da região sem energia e serviços de telefonia. Não houve vítimas fatais e dois funcionários que trabalhavam no local foram levados para o hospital com ferimentos leves e liberados.
A Agência Nacional de Mineração (ANM) afirma que ficou ciente da situação por volta das 9h, quando moradores entraram em contato com a agência.
A VM Mineração e Construção pertence ao empresário Marcelo Massaru Takahashi. A estrutura rompida tinha uma altura de 15 metros e volume armazenado de 582,1 mil metros cúbicos de rejeitos.
Segundo a ANM, os técnicos analisaram o local e constataram que houve o rompimento do dique e espalhamento de parte do material que estava sendo armazenado na bacia de contenção da barragem.
A barragem está inserida na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), com Dano Potencial Baixo e Categoria de Risco Baixa. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas) de Mato Grosso, o empreendimento possui licença válida até julho de 2021.
Danos ambientais
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) de Mato Grosso informa que o rompimento da barragem de mineração em Nossa Senhora do Livramento não atingiu áreas de preservação permanente (vegetação nativa) ou cursos d’água e que “a lâmina de aproximadamente 10 cm percorreu apenas áreas já antropizadas: áreas destinadas à pastagem ou de uso do próprio empreendimento”, afirma o órgão no documento.
A Sema informa também que já notificou a VM Mineração para que paralise todas as suas atividades e que apresente ao órgão relatório informando a causa e o efeito do ocorrido e quais as ações emergenciais que a empresa está tomando para solucionar o problema.
A VM Mineração divulgou uma nota em que não esclarece qual o motivo do rompimento da barragem, a empresa informa apenas que “adotará todas as medidas necessárias a fim de colaborar e contribuir com os órgãos competentes”.
Leia Também
Agência prorroga prazo para extinção de barragens como Brumadinho
Leia também
Tragédias como Mariana deviam ensinar
Desastres ambientais ao redor do mundo deixaram lições valiosas para aqueles que sofreram com eles. Por aqui, parece que não aprendemos com nossos erros. →
Agência prorroga prazo para extinção de barragens como Brumadinho
Desativação das barragens construídas por alteamento a montante só entra em vigor em setembro de 2027. As duas barragens da Vale que se romperam foram construídas usando esse modelo →
MPF pede reabertura de ação civil contra Samarco e Vale
O órgão entende ser procedente a ação que pede que as empresas adotem medidas para solucionar os danos causados em Governador Valadares →
Mais lambanças.