Produzido pelo movimento SalveAIlhaDoMel, foi lançado no sábado (02) a primeira parte do documentário Um porto chamado grilagem. Com um pouco mais de onze minutos, o filme traça o histórico de grilagem no estado do Paraná e fala sobre os interesses que estariam por trás da construção de um complexo industrial portuário no município de Pontal do Paraná, no litoral do estado, em frente à Ilha do Mel. A segunda parte do documentário será lançada ainda em novembro.
O filme explica por que a ideia da construção ganhou força durante a gestão do ex-governador do Paraná, Beto Richa.
O porto em Pontal do Paraná ficaria a menos de três quilômetros da Ilha do Mel, em Paranaguá (PR), que é um Patrimônio da Humanidade reconhecido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). E para que o complexo industrial possa ser construído, quatro milhões de metros quadrados de Mata Atlântica deverão ser derrubados, comprometendo a flora e fauna locais como o habitat do papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis).
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Evento acontece nesta quarta (25), a partir das 19h30min, no Teatro da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Encontro terá transmissão ao vivo →
Chama-se "rolinho" de compadre.
O que o Governo do Paraná nunca explicou é porque avançar sob re um município com destinação para o turismo e o turismo de natureza se Paranaguá, o segundo maior porto do Brasil, encontra-se em franca expansão a assimila as demandas de importação e exportação por mais algumas décadas. Além do parque industrial que já existe e também tem condições de se expandir. A única explicação lógica para o açodamento atropelado do Governo Ratinho Jr. está na capacidade de influência do empresário beneficiado com essa iniciativa, o Sr. João Carlos Ribeiro, bastante bem enquadrado no documentário em questão. Ou seja, ao invés de inovação e visão estratégica – mais do mesmo. Troca de favores em detrimento do bem comum.