Ambientalista algum jamais esquecerá o momento em que ouviu o próprio ministro do Meio Ambiente do país declarar que era hora de aproveitar que os olhos da imprensa estavam voltados para o coronavírus, para “ir passando a boiada e mudando o regramento”. A frase “célebre” foi dita por Ricardo Salles durante uma reunião interministerial realizada no dia 22 de abril de 2020, ainda no começo da pandemia, e desde então virou uma síntese da gestão de Salles e Bolsonaro na área ambiental. Um ano se passou da declaração e muita coisa aconteceu – menos a queda do ministro, que segue no comando da porteira, a esta altura escancarada, para um verdadeiro rebanho passar – e vale lembrar quais foram as principais boiadas que Salles orquestrou neste período.
Para que os bois não passem impunes, a página do Política por Inteiro publicou uma seleção das 10 maiores boiadas de Salles. Na lista estão ações como sua investida para desmontar a Lei da Mata Atlântica, a possível fusão do ICMBio e os mandos e desmandos no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Acesse aqui e confira o ranking completo.
*Em destaque: o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante a reunião interministerial de 22/04/2020.
Leia também
Leia também

A obscura arte de fazer passar a boiada
Agora a boiada estourou. Depois de tanto tempo de impunidade, começa a passar em escala ampliada e agressiva, que inclui ação direta do ministro em defesa dos degradadores →

Após quase 10 anos, Tribunal de Contas de Pernambuco anuncia fim dos lixões no estado
De acordo com o órgão, todos os 184 municípios do estado agora depositam seus resíduos sólidos urbanos em aterros sanitários. Inclusão de catadores ainda é desafio →

Mulheres da floresta discutem protagonismo na gestão de áreas protegidas
“Não podemos ser apenas secretárias, queremos ser presidentes”, diz manifesto assinado por lideranças da Amazônia. Documento será entregue aos governos federal e estaduais →