O Instituto Talanoa lançou, na última quarta-feira (10), em Brasília, uma coletânea com propostas para a criação de uma Agência Nacional do Clima, que atuaria como órgão central de coordenação das políticas climáticas nacionais. O material reúne quatro volumes de estudos e diagnósticos e foi apresentado durante a instalação das câmaras do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), que hoje é responsável pela agenda climática a nível federal e intersetorial.
A iniciativa propõe a estruturação de um Sistema Nacional do Clima capaz de integrar diferentes áreas e níveis de governo, aumentar a transparência e ampliar a participação social. Para Marta Salomon, analista sênior da Talanoa e integrante da Câmara de Participação Social do CIM, o debate é estratégico porque o tema “transborda a pasta de Meio Ambiente e afeta todas as dinâmicas sociais”.
“Consideramos que o momento será estratégico para provocar o debate sobre os arranjos institucionais necessários ao enfrentamento da crise climática, já que o CIM e suas câmaras têm a capacidade de reunir diversos ministérios, especialistas, cientistas, sociedade civil e autoridades sub nacionais”, disse.
As publicações são divididas em ‘Sistemas de políticas públicas’; ‘Trajetória da governança climática’; ‘Governança climática e federalismo’ e ‘Política climática no Brasil’.
De acordo com a presidente da Talanoa, Natalie Unterstell, o fortalecimento da governança é condição para o Brasil cumprir suas metas e consolidar posição de liderança internacional. A coletânea está disponível no site Política por Inteiro.

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