A empresa Paramazônia pagará pelos custos da estadia da família de Lazlo Macedo de Carvalho no Rio. O analista ambiental do Ibama é o único sobrevivente do desastre aéreo em Roraima, que matou quatro pessoas. Na semana passada, servidores do órgão iniciarem entre si uma vaquinha para ajudar nas despesas para que a família de Lazlo pudesse se manter próxima ao hospital onde ele está internado.
O Ibama cobre os custos da manutenção de Lazlo no Rio, mas não de sua família, que mora em Santos e veio para a capital fluminense acompanhar a recuperação dele. Todos estão longe de casa. Lazlo, de 44 anos, está sendo tratado desde o dia 04 de julho no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG), no Rio de Janeiro, centro de referência para pacientes como ele, que teve 45% do corpo queimado.
Na quinta-feira passada, a esposa de Lazlo, Patrícia Marques, enviou uma mensagem aos colegas do marido agradecendo pela ajuda e informando que a vaquinha deveria ser encerrada, já que a empresa começou a pagar pelos custos.
“Agradeço o carinho e atenção recebidos, tenho gratidão e débito enormes por todos os amigos que se abnegaram a nos ajudar. Sei que muitos se abstiveram de suas necessidades, e disso não posso esquecer (…)”, afirmou Patrícia, por e-mail enviado aos servidores do Ibama. “Mais uma vez agradeço a todos vocês, Lazlo ficará muito feliz em saber o quanto é amado por todos”.
Ibama em luto
Na manhã da última segunda-feira (03), quatro pessoas morreram após a queda de avião em Roraima. Os analistas ambientais Olavo Perin, de 35 anos, do Espírito Santo; Alexandre Rochinski, de 45 anos, de Santa Catarina e o técnico administrativo Sebastião Júnior, de 50 anos, de Roraima –. mais o piloto, Marcos Jardim, morreram carbonizados após a aeronave em que estavam cair sobre árvores logo após decolar da pista.
O acidente aconteceu em Cantá, município que integra a região metropolitana de Boa Vista, capital do estado. Só Lazlo sobreviveu.
O Cessna, prefixo PR-MFR 2010, da empresa Paramazônia, havia sido alugado pelo Exército para levar os servidores do Ibama para uma operação de combate à mineração ilegal na Terra Indígena Yanomâmi, área de fronteira, em uma ação da Operação Curare VIII. É o segundo avião da empresa a cair em menos de duas semanas.
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