Biólogos e veterinários do Zoológico do Rio de Janeiro (RioZoo) comemoram o nascimento de dois filhotes de jacutinga (Aburria jacutinga), ave extinta no estado. As duas aves nasceram em dezembro do ano passado e acabam de ser integrados ao viveiro do zoo.
É a segunda vez que ocorre a reprodução em cativeiro da jacutinga no RioZoo, só que dessa vez a incubação foi feita artificialmente. Durante 28 dias, os filhotes ficaram incubados em uma chocadeira artificial e receberam cuidados humanos, uma vez que os pais não conseguiam fazer esse processo naturalmente.
Os filhotes – que ainda não possuem nomes, pois até o momento não dá para saber se são fêmeas ou machos – ficaram no berçário por um tempo até conseguirem voar sozinhas. Agora foram transferidas para o recinto definitivo. “A reprodução em cativeiro é um importante fator sobre o bem-estar animal. O RioZoo tem investido na pesquisa e conservação de várias espécies, além da educação ambiental. Ao conhecerem a biodiversidade da fauna, as atuais gerações e as futuras poderão conservar”, afirma Fernando Menezes, diretor do Zoológico do Rio.
Típicas da Mata Atlântica, as jacutingas foram extintas no estado do Rio de Janeiro por causa da caça predatória ao longo do tempo. Atualmente, só se encontram livres na natureza em um único município do estado, em Cachoeiras de Macacu, graças a um projeto de reintrodução de espécies realizado em uma reserva particular.
Sendo uma ave de grande porte, pode chegar a 74 centímetros de comprimento, dócil e com comportamento gregário, a jacutinga foi alvo fácil de caçadores. O resultado é que a espécie está extinta nos estados do Espírito Santo e Bahia, podendo ser vistas apenas em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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Tem duas q aparecem aqui no alto Leblon de vez em quando. Vi hoje.
De novo o problema da caça/matança de bicho. O mania desgraçada .