No mesmo Congresso sobre Áreas Marinhas Protegidas, onde o Chile divulgou a criação de uma reserva marinha de 720 mil quilômetros quadrados ao redor da Ilha de Páscoa, o governo brasileiro anunciou na quinta-feira (7) que pretende reverter a pouca iniciativa para proteger as áreas marinhas brasileiras, através do Iniciativa Azul.
Muito pouco ou quase nada tem sido feito pelas áreas marinhas no país. Hoje, apenas 2,8% das áreas marinhas brasileiras estão protegidas, incluindo os mangues e outros ecossistemas costeiros. O Programa buscará criar Áreas de Proteção Marinhas (APMs) e costeiras, implantá-las e mantê-las. O objetivo é atingir 10% da zona marinho-costeira até 2027, cumprindo compromissos internacionais na área de meio ambiente. Entretanto, resta pouco tempo para que o Brasil atinja a meta e corresponda de forma eficaz aos compromissos assumidos com esse intuito.
A Iniciativa Azul será coordenada pelo MMA, será gerida pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade e financiada com recursos do Global Environment Facility (GEF), Banco Mundial, governo alemão via Banco de Desenvolvimento da Alemanha, Rede WWF e Fundo Amazônia. Os pontos do programa serão a pesca sustentável, as mudanças climáticas e suas consequências, as espécies invasoras e exóticas, a sedimentação excessiva das áreas costeiras e conservação da biodiversidade marinha. Também participam do projeto ONGs, cientistas e governos locais. “Não será uma operação centrada nas mãos do governo. Nosso papel será o de direcionar a criação das áreas seguindo critérios de prioridade para a conservação das espécies, o potencial turístico e econômico, com foco na sustentabilidade”, esclarece Cláudio Maretti, diretor do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
*Com informações da Assessoria de Comunicação do ICMBio.
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Boa Tarde, gostaria de saber de onde foram retirados os dados de que 2,8% das áreas marinhas brasileiras estão protegidas, sendo que nos dados consolidados do ICMBio de 2017 está constando apenas 1,6% de Unidades de Conservação nas áreas marinhas ( APENAS 0,2% de Proteção Integral) ?