
Após 10 dias de cuidados do Instituto Mamirauá, um filhote de peixe-boi de 84 centímetros, pesando cerca de 10 quilos e meio foi transportado, na madrugada do último sábado (09), por lancha, de Tefé (AM) para a sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que fica em Manaus, até que esteja apto a voltar ao seu habitat natural.
A história do resgate do filhote, batizado de Tuxauazinho Sião, começou quando um pescador encontrou o pequeno peixe-boi, de aproximadamente 2 meses, nas proximidades da comunidade Monte Sião, que fica na zona leste de Manaus. Moradores do local procuraram o Instituto Mamirauá, uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em busca de cuidado especializado para o animal.
O Grupo de Pesquisas em Mamíferos Aquáticos Amazônicos (Mamaq) do Instituto tratou da alimentação e atendimento de saúde do mamífero aquático. Segundo a pesquisadora Hilda Chávez, do Mamaq, Tuxauazinho, cujo nome é uma homenagem à comunidade onde foi encontrado, está em boas condições físicas. “Passados uns dias com a equipe, (o peixe-boi) passou a se movimentar mais, brincar e a comer as plantas, ele já está comendo plantas muito bem, além da amamentação. Foi bem interessante como ele evoluiu nesse período”, afirma a pesquisadora.
Assista ao vídeo do filhote sendo amamentado:





Leia também

Ilhas Cagarras: Pela primeira vez, em dez anos, nenhum lixo é encontrado em terra
Projeto de limpeza na Unidade de conservação no Rio atribui o resultado ao trabalho de conscientização no local, mas alerta para os resíduos encontrados no mar →

A questão da pesca e o falso discurso da sustentabilidade
Tudo indica que a lei que proíbe a pesca resultará na redução dos territórios dos ribeirinhos e no fim da pesca artesanal, favorecendo a construção de hidrelétricas, cujo principal empecilho reside justamente no conflito com a atividade →

Após 100 anos extintas localmente, ararajubas voltam a colorir o céu de Belém
Programa de reintrodução já retornou cerca de 50 indivíduos à natureza. Com população relativamente pequena em toda Amazônia, ave é considerada vulnerável à extinção →