A intensa circulação nas zonas urbana e rural e o frequente atropelamento de animais silvestres em Alta Floresta (MT) fez entidades civis e públicas buscarem soluções para esta perda de biodiversidade amazônica.
A Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Fundação Ecológica Cristalino, Prefeitura e parceiros debaterão soluções para o problema às 19h desta quarta (25), no Museu de História Natural de Alta Floresta.
As intenções iniciais são informar a população, instalar redutores de velocidade, placas educativas, túneis e pontes para a travessia segura de animais e reconexão de áreas verdes.
Apesar do desmatamento histórico, há fragmentos de mata nativa nas zonas urbana e rural do município que são usados por inúmeras espécies, reconhece a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Apenas entre março de 2022 e setembro de 2023, carcaças de 65 animais silvestres atropelados foram doadas para pesquisa e extensão ao laboratório local de Zoologia da UNEMAT.
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) no município recebe em média 5 animais silvestres por mês. Os feridos seguem a um hospital em Sinop, a 300 km. Os demais são tratados e podem voltar à natureza.
A 7ª Companhia Independente Bombeiros Militar (7ª CIBM) de Alta Floresta atende cerca de um caso do dia. Aves, cobras e macacos são os mais resgatados. O Ibama local é acionado uma vez ao mês sobre casos similares.
Mato Grosso é um dos poucos estados do Brasil que não possui um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).
A mortandade de animais prejudica sobretudo espécies em risco de extinção, de reprodução lenta e as de topo de cadeia alimentar – como onças-pintadas –, das quais muitas outras dependem para sobreviver.
As informações são do Notícia Extra e do Observatório Socioambiental de Mato Grosso (Observa-MT).
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