O Morro Grande, maciço florestal de cerca de 10 mil hectares, localizado na região metropolitana de São Paulo, entre os municípios de Cotia e Ibiúna, foi convertido em parque estadual. Com isso, a área que já era reserva florestal desde 1979, ganha status de unidade de conservação de proteção integral e deve ser aberta ao turismo no ano que vem. O decreto que altera o status da reserva foi assinado pelo governador do estado, Tarcísio Freitas, nesta terça-feira (4), durante o Summit Agenda SP+Verde, realizado nesta semana em São Paulo.
Criada em 1979 para trazer segurança ao abastecimento de água da capital, a então Reserva Florestal Morro Grande já tinha como destinação específica a preservação da flora e fauna da Mata Atlântica, além da proteção às nascentes do Rio Cotia. A transformação em parque mantém os limites da reserva, que inclui as represas da Cachoeira das Graças e Pedro Beicht, e passará a ser administrada pela Fundação Florestal.
As águas de Morro Grande ajudam no abastecimento de cerca de 400 mil pessoas da Região Metropolitana de São Paulo. De acordo com dados do governo, já foram registradas 260 espécies de árvores, 198 de aves, além de dezenas de mamíferos.
A secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil-SP), Natália Resende, destaca a criação do parque como uma medida que alia a preservação da biodiversidade com o reforço da segurança hídrica do estado. “Com a transformação do Morro Grande em Parque Estadual, conseguiremos reforçar a gestão integrada do território, ampliando a proteção integral da biodiversidade e conciliando com o uso público sustentável, a educação ambiental e a pesquisa científica”, completa.
Atualmente, as unidades de conservação estaduais cobrem cerca de 20% do estado de São Paulo.
Estão em andamento ainda as propostas de criação do Parque Estadual Marinho Tartaruga-de-pente, do Refúgio de Vida Silvestre Lobo-Guará, da Floresta Estadual Ibicuí e da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Quilombo da Fazenda.
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