Distribuídas no município de Alta Floresta e vizinhas de outras unidades de conservação na Amazônia desde o norte mato-grossense, reservas privadas reforçam um refúgio regional para onças-pintadas em meio ao desmatamento que avança sobre a floresta equatorial.
Armadilhas fotográficas registraram o maior predador selvagem das Américas circulando por todas as trilhas nos 7 mil hectares daquelas quatro Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), e não só à noite, como costumeiro para a espécie na Amazônia.
Uma onça-pintada foi flagrada perto de instalações turísticas na região, por volta das duas horas da tarde. “Foi de dia!”, comemorou o biólogo Lucas Eduardo, coordenador de um projeto de monitoramento de onças iniciado em março de 2022 pela Fundação Ecológica Cristalino (FEC).
O projeto “Looking for Jaguar”, algo como “À procura da onça”, é apoiado pela Lata Foundation e monitora hábitos e populações das pintadas naquelas áreas protegidas junto ao Rio Cristalino, afluente do Teles Pires. A região é de prioridade extremamente alta para conservação da biodiversidade.
Havia cerca de 10 mil onças-pintadas na Amazônia brasileira nos anos 1980, mas nas últimas três décadas suas populações encolheram em 30%, apontam estudos científicos. Na Região Sul do país, o felino é uma espécie criticamente ameaçada de extinção.
Este 29 de novembro foi definido como datas nacional e internacional da onça-pintada, respectivamente pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Com informações da Fundação Ecológica Cristalino (FEC).
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