Uma área no Parque Estadual Rio da Onça que serviu como lixão até meados dos anos 1990 ainda é evitada por pequenos mamíferos, revela uma pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A reserva fica em Matinhos, município no litoral do Paraná.
Passadas cerca de três décadas, os depósitos irregulares de plástico, isopor e outros itens seguem entre a vegetação e o solo da Mata Atlântica, um dos biomas mais afetados por ações humanas no país. Muitos resíduos estão embolados com folhas e raízes.
Publicadas na revista Ecología Austral, as conclusões vieram após uma comparação sobre o comportamento de populações daqueles animais em áreas de floresta original, de mata regenerada e degradada por lixo, conforme informações da Revista Ciência UFPR.
Os pesquisadores destacam igualmente que os pequenos mamíferos são bons indicadores sobre a saúde dos ambientes naturais, apontando a oferta de alimentos e locais de abrigo. Também são importantes espalhadores de sementes e controladores de pragas.
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É um prólogo interessante. Mas o artigo deveria evoluir sobre as hipóteses dessa rejeição, que certamente foram levantadas pelos pesquisadores.