A Petrobras informou, nesta segunda-feira (07), que uma comissão de investigação irá apurar as causas do vazamento de 4.900 litros de petróleo que ocorreu no Campo de Espadarte, no sul da Bacia de Campos (RJ), na manhã de quarta-feira (02). A empresa japonesa Modec do Brasil, que opera a unidade, também irá cooperar com as investigações.
Na manhã do dia 02 de janeiro foi detectado o vazamento de óleo a partir do furo em um dos tanques da Unidade Flutuantes de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO, sigla em inglês para Floating Production Storage and Offloading) da Petrobras. A FPSO é um tipo de plataforma utilizada pela indústria petrolífera para a exploração (produção), armazenamento petróleo e/ou gás natural.
A estatal enviou três embarcações à área atingida para a dispersão mecânica do óleo, enquanto mergulhadores tamparam o furo.
O derramamento do produto, segundo o Ibama, causou uma mancha de pelo menos 38 quilômetros de extensão por 20 metros de largura no mar. “Até o momento não há indicativo de chegada de óleo nas praias da região e não foram avistados animais atingidos pelo vazamento”, disse a coordenadora-geral de Emergências Ambientais do Ibama, Fernanda Pirillo.
A Petrobras também concorda que será muito difícil o óleo chegar ao litoral fluminense, pois o vazamento ocorreu a 130 km da costa de Macaé, litoral norte do estado do Rio de Janeiro. Além disso, segundo a empresa, a mancha foi reduzida em cerca de 80% na noite de 3 de janeiro. O restante do óleo foi transportado nos tanques da FPSO Cidade do Rio de Janeiro para outros reservatórios intactos.
A Petrobras afirma que a plataforma FPSO Cidade do Rio de Janeiro, unidade afretada pela companhia e operada pela Modec do Brasil “já se encontrava com a produção interrompida desde julho de 2018 para processo de desativação”, afirma a estatal. A plataforma possui Licença de Operação (LO) válida emitida pelo Ibama.
Por meio de nota, a Petrobras informou ainda que os órgãos reguladores foram informados do ocorrido e que as autoridades (ANP- Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, IBAMA e Marinha) estão acompanhando as ações em curso. A ANP é o órgão responsável pela fiscalização da segurança operacional da plataforma.
O Ibama afirma que em ação coordenada com a Marinha e a ANP, seguirá monitorando a área.
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