Salada Verde

Petrobras irá investigar vazamento de óleo na Bacia de Campos

Estatal afirma que uma comissão de investigação irá apurar as causas do derramamento que atingiu 38 quilômetros na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Ibama e Marinha monitoram a área

Sabrina Rodrigues ·
7 de janeiro de 2019 · 5 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
Petrobras afirma que 80% da mancha foi reduzida na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Foto: Agência Petrobras.

A Petrobras informou, nesta segunda-feira (07), que uma comissão de investigação irá apurar as causas do vazamento de 4.900 litros de petróleo que ocorreu no Campo de Espadarte, no sul da Bacia de Campos (RJ), na manhã de quarta-feira (02). A empresa japonesa Modec do Brasil, que opera a unidade, também irá cooperar com as investigações.

Na manhã do dia 02 de janeiro foi detectado o vazamento de óleo a partir do furo em um dos tanques da Unidade Flutuantes de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO, sigla em inglês para Floating Production Storage and Offloading) da Petrobras. A FPSO é um tipo de plataforma utilizada pela indústria petrolífera para a exploração (produção), armazenamento petróleo e/ou gás natural.

A estatal enviou três embarcações à área atingida para a dispersão mecânica do óleo, enquanto mergulhadores tamparam o furo.

O derramamento do produto, segundo o Ibama, causou uma mancha de pelo menos 38 quilômetros de extensão por 20 metros de largura no mar. “Até o momento não há indicativo de chegada de óleo nas praias da região e não foram avistados animais atingidos pelo vazamento”, disse a coordenadora-geral de Emergências Ambientais do Ibama, Fernanda Pirillo.

A Petrobras também concorda que será muito difícil o óleo chegar ao litoral fluminense, pois o vazamento ocorreu a 130 km da costa de Macaé, litoral norte do estado do Rio de Janeiro. Além disso, segundo a empresa, a mancha foi reduzida em cerca de 80% na noite de 3 de janeiro. O restante do óleo foi transportado nos tanques da FPSO Cidade do Rio de Janeiro para outros reservatórios intactos.

A Petrobras afirma que a plataforma FPSO Cidade do Rio de Janeiro, unidade afretada pela companhia e operada pela Modec do Brasil  “já se encontrava com a produção interrompida desde julho de 2018 para processo de desativação”, afirma a estatal. A plataforma possui Licença de Operação (LO) válida emitida pelo Ibama.

Por meio de nota, a Petrobras informou ainda que os órgãos reguladores foram informados do ocorrido e que as autoridades (ANP- Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, IBAMA e Marinha) estão acompanhando as ações em curso. A ANP é o órgão responsável pela fiscalização da segurança operacional da plataforma.

O Ibama afirma que em ação coordenada com a Marinha e a ANP, seguirá monitorando a área.

 

Leia Também

Inea ainda não tem balanço dos danos do derramamento de óleo na Baía de Guanabara

Petrobras pagará multa de R$ 14 mi por dano ambiental

Baía de Guanabara: vazamento da Petrobras completa 14 anos

 

 

  • Sabrina Rodrigues

    Repórter especializada na cobertura diária de política ambiental. Escreveu para o site ((o)) eco de 2015 a 2020.

Leia também

Reportagens
18 de fevereiro de 2014

Baía de Guanabara: vazamento da Petrobras completa 14 anos

Incidente contaminou mangues e mudou o cenário da baía, onde pescadores convivem com lixo e óleo. Plano de despoluição do governo vence em 2016.

Salada Verde
6 de fevereiro de 2018

Petrobras pagará multa de R$ 14 mi por dano ambiental

Empresa pagará um dos cinco autos de infração do Ibama, depois de evidenciados problemas ambientais relacionados ao lançamento da água de produção da Plataforma P-51

Notícias
12 de dezembro de 2018

Inea ainda não tem balanço dos danos do derramamento de óleo na Baía de Guanabara

Órgão ambiental do Rio afirma estar avaliando os impactos do vazamento de duto da Transpetro ocorrido no último sábado (08), em Magé

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.