Na manhã desta terça-feira (12), a Polícia Federal cumpriu os mandados de busca e apreensão e condução coercitiva contra aquele que é considerado o maior traficante de animais silvestres do país, o funcionário da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado da Paraíba (Emepa), Valdivino Honório de Jesus, de 60 anos. Também foram detidos o filho de Valdivino, Aureliano Gomes de Jesus, sua companheira, Elizabete Morais de Medeiros, e sua cunhada, Edilza Morais de Medeiros Nóbrega.
A ação aconteceu nos municípios de Patos e Junco do Seridó, na Paraíba. Durante as buscas, foram encontrados jabutis e aves na casa do filho de Valdivino.
Além da condução coercitiva e busca e apreensão, a Justiça determinou a aplicação de medidas cautelares contra Valdivino como comparecimento mensal em juízo para justificar suas atividades; proibição de ausentar-se da Comarca de Junco do Seridó, onde atualmente reside; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o acusado tenha residência e trabalho fixos; e fiança de R$ 40 mil. Aureliano, Elizabete e Edilza também estão relacionados ao tráfico de animais silvestres, interestadual e internacional.
Conhecido da polícia
Ao longo de vinte anos, Valdivino Honório de Jesus já foi autuado e preso quatorze vezes. O criminoso compra e vende animais silvestres no mercado ilegal há mais de vinte anos. O Ibama já apreendeu 3.775 animais destinados ao mercado ilegal, isso sem falar no número de animais traficados que pode chegar a cem vezes mais.
A punição para o crime cometido por Valdivino está prevista no artigo 29 da lei de crimes ambientais: “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena – detenção de seis meses a um ano, e multa”.
O caso de Valdivino expõe a fragilidade das punições de crimes ambientais no Brasil. Ao longo de mais de duas décadas, ele acumula multas milionárias junto ao Ibama, fato que não serviu para inibi-lo de ser reincidente nesse tipo de crime.
*Com informações da Assessoria do Ministério Público Federal
Erramos: ao contrário do que afirmamos anteriormente, Valdivino Honório de Jesus não foi preso, ele foi conduzido coercitivamente. Editado às 15h55min de 13/09/17.
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E ainda existem levianos, até Ministros que repetem o velho sofisma é a "terceira fonte de tráfico do Mundo segundo a ONU". Bem feito para os mentirosos : o pilantra além de liso é barnabé!.
Troquem o delegado de Patos e coloquem um Delegado de verdade por la2 que acaba esta farra deste pé de chinelos.Até porque "o maior traficante do Brasil " vive num lugar para lá de seca e miserável, logo tem que armar mandar seus rolos para fora de lá.
Qualquer tira mata este roleiro no bolso.
Dá tristeza e vergonha de ler este tipo de artigo. O meliante Valdivino já foi autuado e preso quatorze vezes pelo mesmo crime (é verdade ou é brincadeira?).
“O caso de Valdivino expõe a fragilidade das punições de crimes ambientais no Brasil. Ao longo de mais de duas décadas, ele acumula multas milionárias junto ao IBAMA, fato que não serviu para inibi-lo de ser reincidente nesse tipo de crime.”
Não serviu para ele e não servirá para ninguém, pois todos sabem que quem paga multa do IBAMA é tolo, não pagando nada acontece. Fica por isso mesmo, como comprova este caso.
“INCOPETENCIA TOTAL DO IBAMA E DO MINISTÉRIO PUBLICO FEDERAL”.
Senão, vejamos: 1º – O infrator é funcionário público (por mais de 20 anos comete os mesmos crimes), tanto o IBAMA como o MPF, já deveriam ter pressionado o órgão estadual para a sua demissão.
2º – “A punição para o crime cometido por Valdivino está prevista no artigo 29 da lei de crimes ambientais. Pena – detenção de seis meses a um ano, e multa”.
Ora bolas, se o Ministério fosse sério, deveria condená-lo por um ano de prisão por cada infração – 14 infrações x 1 ano = 14 anos de cadeia. Com certeza mudaria o seu comportamento. O que está acontecendo para não mudar? É simples. Dois a três dias de cadeia e não paga as multas. Para que melhor?
Por isto que dá tristeza e vergonha de ler um artigo deste.
Caro amigo João Pinheiro Filho, é revoltante lê esse tipo de reportagem. Reconheço sua indignação e acho que é a todos os brasileiros de bom senso. Mas não temos que culpar MP, Delegados ou Juizes, temos que cobrar atitudes de nossos legisladores, que nada fazem, a não ser nos roubar, com exceção de alguns. O problema são nossas leis, penal, ambiental e civil. Imagine o sujeito tira a vida de seu semelhante por nada, e ainda sai pela porta da frente da Delegacia, como se uma vida não valesse nada. Crime ambiental são cometidos milhares diariamente, assim como contra a vida, e nada acontece. É a lei penal que é de 1940, época em que os coronéis prendiam e julgavam, essa é a realidade. Cadê nossos Deputados e Senadores, querem mudar essas leis? Imagine os crimes cometidos por pelas mineradoras por esse Brasil afora, tudo impune, esse país está de ponta cabeça, isso aqui virou casa de ninguém, é só falácia e mais nada.
Tinha que trancar um FDP desses numa cela bem pequena e cheia de detentos por uns dois anos.
No Facebook existe vários grupos que comercializam livremente pássaros providos do tráfico , entregam inclusive nas estações de trem, metrô , ônibus . É só entrar nos grupos , (pássaros , trocas , rolos, vendas , passarinheiros etc ..) muito fácil e explícito , por mais que se denuncie no próprio Facebook ou Ibama nada acontece, isso só vai parar quando os pássaro forem extintos….
Ele deveria ficar preso como os animais que ja traficou. Nao acredito que essa pena o impessa de continuar coordenando isso. Catorze vezes preso em anos para só agora fazerem isso? Qtos ja morreram????? Cade a jaula para ele????
Vinte anos traficando e nada aconteceu e nunca vai acontecer. Miseravel é madito seja.
Esta praga dos inferno Valdivino, oh desgraça humana. Cadê as Otoridades (delegado e juizesss)
De que adianta impor multas que esse desgraçado não pode e não irá pagar? Ele deveria ficar trancafiado, tal qual alguém que comete um homicídio doloso.
Se ficasse preso, não seria reincidente. Isso é resultado da impunidade!