A retirada de pescado de lagoas, rios, mares e oceanos atingiu novo recorde global em 2018. Foram capturados 96,4 milhões de toneladas, um aumento de 5% em relação à média dos três anos anteriores. Segundo o relatório o Estado Mundial da Pesca e da Aquicultura (SOFIA), divulgada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), somente a pesca marinha aumentou de 81,2 milhões para 84,4 milhões de toneladas entre 2017 e 2018.
Já a produção de aquicultura teve alta de 3% em relação a 2017, com a produção de 82,1 milhões de toneladas de pescados. Ainda segundo a FAO, cerca de 34% dos estoques mundiais de peixes para os quais existem estudos vêm sendo pescados acima dos níveis biológicos sustentáveis.
SOFIA é a principal publicação do Departamento de Pesca e Aquicultura da FAO e foi divulgada na semana passada (08), no Dia Mundial dos Oceanos. O documento é divulgado a cada dois anos desde 2002.
O Brasil não possui estatísticas pesqueiras há 10 anos e o que sai no relatório da FAO são estimativas de produção de pesca, baseado no último balanço incompleto divulgado pelo país, em 2014. Os problemas do Brasil com a estatística pesqueira começou há cerca de 11 anos, no exato momento que o governo transformou a pasta em Ministério, em 2009. Até então, a responsabilidade pela publicação dos números era do Ibama.
Nos dois anos seguintes, por problemas orçamentários e de gestão, os balanços foram realizados de forma incompleta, sem incluir todos os estados. A partir de 2011, não houve mais esforços para fazer levantamento de produção pesqueira.
No ano passado, quando completou 10 anos do último levantamento mais robusto, ((o))eco fez uma reportagem sobre o assunto, que pode ser lida neste link.
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