![Floresta Estadual do Uaimií - Foto: Amda/Facebook.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/05/Floresta-Estadual-do-Uaimií-Foto-Amda-Facebook..jpg?resize=640%2C427)
Duas unidades de conservação de Minas Gerais foram alvo de depredação e de vandalismo. A Floresta Estadual do Uaimií e o Parque Estadual do Itacolomi, ambos localizados em Ouro Preto, tiveram problemas com danificações de suas portarias e outros estragos.
A primeira unidade a sofrer ataques foi a Floresta Estadual do Uaimií, que, em março deste ano, teve a sua portaria, que fica no distrito de Brás Gomes, danificada. A porta principal foi arrombada, os vidros das janelas foram completamente quebrados, banheiros sujos e entupidos e até um vaso sanitário foi roubado. Isso sem falar do entorno que estava repleto de sacolas plásticas, latas, garrafas de sucos e refrigerantes.
Já o Parque Estadual do Itacolomi teve a portaria arrombada, mas nada foi levado. O fato ocorreu no final de abril.
![Floresta Estadual do Uaimií - Vidros das janelas quebrados - Foto: Amda/Facebook.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/05/FEU-Foto-2.jpg?resize=400%2C267)
A Associação Mineira do Meio Ambiente (Amda) levou os casos ao Ministério Público. “O Estado teria de ter tomado medidas para proteger os parques antes de romper o contrato com as empresas Verso e Cristal. Achávamos que no governo anterior a situação das unidades de conservação era péssima. O atual conseguiu piorar ainda mais, decretando seu abandono ‘oficial’. Alguém tem de ser responsabilizado por isto”, afirma a superintendente da Amda, Dalce Ricas.
Ausência de funcionários
Além das duas unidades de conservação terem sido alvos de vandalismo, ambas sofrem também com a ausência de funcionários. Na época do ocorrido na Floresta Estadual do Uaimií, a unidade contava apenas com três funcionários. O Parque Estadual do Itacolomi, por sua vez, sofreu uma baixa de aproximadamente 30 funcionários em função do encerramento dos contratos entre o Estado de Minas e as empresas terceirizadas responsáveis pelos guardas-parques.
![Floresta Estadual do Uaimií - Vidros das janelas quebrados. Foto: Amda/Facebook.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/05/FEU-foto-3.jpg?resize=400%2C267)
O encerramento do contrato entre o governo de Minas Gerais e as empresas terceirizadas sem a reposição do corpo funcional contribuiu não só para que os ocorridos em Ouro Preto acontecessem, mas também, para que outras unidades de conservação fechassem seus espaços para a visitação pública.
Concurso Público
Com os fins dos contratos das empresas terceirizadas, os novos contratos foram assumidos pela Minas Gerais Administração e Serviços S/A (MGS), empresa pública que, por meio de concurso público, mantém parte do quadro de funcionários do Estado. O concurso para preencher a vaga dos guardas-parques foi marcado para o dia 5 de março, fato que causou controvérsia, pois vários guardas-parques com anos de atuação nas unidades teriam que prestar concurso público para continuar a exercer a função que desempenham há tantos anos. Concurso público com provas não condizentes com a realidade do dia-a-dia dos guardas e que podem deixar profissionais experientes fora do trabalho.
O diretor-geral do IEF, João Paulo Sarmento, informou que as ações de vandalismo nas unidades de conservação estão sendo investigados e disse ainda que os concursados serão chamados ainda essa semana.
![Floresta Estadual do Uaimií - Janelas quebradas. Foto: Amda/Facebook.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/05/Floresta-Estadual-do-Uaimií-Foto1-Amda-Facebook.jpg?resize=640%2C427)
![Floresta Estadual do Uaimií - Sacos plásticos, garrafas de refrigerantes, caixas de sucos espalhados. Foto: Amda/Facebook.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/05/FEU.jpg?resize=640%2C427)
Leia Também
Concurso para manter guardas-parques mineiros preocupa ambientalistas
Por falta de pagamento de funcionários, áreas protegidas mineiras são fechadas
Leia também
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2016/11/Parque-Estadual-do-Pau-Furado-Foto-Isabelle-Damasceno.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
Por falta de pagamento de funcionários, áreas protegidas mineiras são fechadas
Doze unidades de conservação tiveram que fechar as portas para a visitação e pesquisa por conta do atraso no pagamento dos guarda-parques →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2016/11/Parque_Estadual_do_Rio_Preto.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
Governo de Minas tem até segunda para pagar guarda-parques
Empresa Cristal enviou os dados para pagamento dos funcionários. Doze unidades de conservação foram fechadas por causa do atraso nos salários. →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/02/Parque-Estadual-do-Rio-Preto-Foto-Liana-Carvalho.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
Concurso para manter guardas-parques mineiros preocupa ambientalistas
Nova contratação exigirá prova e pode desempregar guardas-parques antigos e já treinados. Contratos com terceirizadas terminam agora →
Como técnico em agropecuária trabalhei como desmatamento, produtos químicos etc. Mas, fiz uma conversão à conversão da natureza e é lamentável que as políticas publicas dos município, estados e federação, se preocuparam apenas em criar unidades de conservação (vem lá um iluminado cientista) não conversa com as populações afetadas, não perguntam, apresentam um plano fictício e manda decreto goela abaixo das populações nativas em bem da conservação. Isso soa como prepotência. Depois não regularizam essas áreas, deixam os servidores ao Deus-dará, e por fim assistimos os cortes nos limites dessas áreas. Eu, tenho dito em país onde existe uma sobreposição de leis. Fica as perguntas o que restará a ser protegido? Por fim a que viemos mesmo? Estamos a serviço de quem?