Reforma pelo social
De Gustavo Romeiro Mainardes PintoEng. Agrônomo - MSc. Ecologia de AgroecossistemasAnalista Ambiental - DITEC/IBAMA/SCCaros amigos!É inacreditável a falta de visão a respeito das causas e conseqüências das legislações acerca do meio ambiente e de suas relações com a sociedade! Vemos a todo instante legislações que "punem" quem conservou e premiam aqueles que destruíram! Qual a causa principal do inchaço das cidades? O êxodo rural, fomentado pela falta histórica de investimento público em educação, saúde e infra-estrutura no campo e, principalmente, pelo sistema de produção agrícola baseado intensamente em insumos químicos e alta aplicação energética. Esse sistema concentra renda, induz às altas produtividades em grande escala e quebra sistematicamente os produtores mais descapitalizados. Uma das formas mais justas de ao menos minimizar esses efeitos, é através da produção agroecológica, que valoriza não somente a capacidade de investimento monetário do produtor, mas sim seu conhecimento e sua capacidade de manejar corretamente o meio ambiente, com evidentes ganhos ambientais, de saúde e sociais, ao direcionar mais renda para o campo e, portanto, distribuir melhor as riquezas. Que fique bem claro: nem de longe penso que os sistemas de produção agroecológica ou extrativista devem invadir Unidades de Conservação (que têm sim funções imprescindíveis!), devem sim, substituir áreas onde hoje impera a aplicação de agrotóxicos. Chega Brasil! Vamos premiar quem trabalha, quem conserva, quem paga em dia, quem cumpre a lei! Ou então que se acabe de vez com a Constituição e se institua a Lei do Cão! Ufa! →