O ermitão

De André LealAchei o texto de Carla Lins fantástico.E não entendi por que não deixaram ele cuidando do farol.Abraço e parabéns pelo Eco.

Por Redação ((o))eco
21 de fevereiro de 2005

Vilão de plástico

De Pedro P. de Lima-e-SilvaEngenheiro AmbientalComissão Nacional de Energia NuclearGrande reportagem sobre o vilão plástico. Estive na Dinamarca a trabalho e lá nos supermercados as sacolas são de plástico resistente e são maiores; é cobrado o valor de R$0,50 por cada uma, o que faz o sujeito pensar duas vezes antes de jogar fora e faz todo mundo guardar as sacolas que comprou para voltar depois e usar as mesmas. Conclusão: as sacolas tem um tempo de residência de 2 anos em vez de 2 dias como aqui no Brasil, e a geração de lixo plástico é infinitamente menor.Estou nesse momento orientando uma aluna de pós-graduação da UCP realizando uma monografia em Petrópolis exatamente sobre as diversas alternativas, economicamente viáveis, que existem em troca dessa insanidade de sacolas plásticas delgadas que não aguentam o peso de nada, e aí somos obrigados a usar duas ou mais, e consumir toneladas de plástico para carregar as compras para casa. Em casa transformamo-las em sacos de lixo, que após poucos dias viram lixo também. O que o Ministério do Meio Ambiente está fazendo sobre isso? Vou mais longe: o que o MMA está fazendo sobre a questão estratégica, de um lado, o consumo de nosso preciosos recursos naturais e, do outro, a degradação do ambiente pela poluição completamente irracional pelos bilhões de toneladas de lixo? Marina Silva é uma boa pessoa, e foi uma maldade perversa do Lula expor a sua incompetência. Para esse tipo de problema existia o CONAMA que tantas resoluções inteligentes criou, como a da reciclagem de pneus velhos, mas o atual governo do PT parece que "esqueceu" o CONAMA.O MMA não faz nada sobre isso porque: [1] está preocupado somente com a Amazônia, e ainda faz isso mal; [2] a preocupação do governo do PT com ambiente é só para inglês ver; [3] só se olha para a agenda verde e não para a agenda marrom.A raiz do problema está na falta de percepção da administração AeroLula do valor estratégico dos recursos naturais, e na contra-mão da evolução mundial, continua encarando os problemas ambientais como um entrave ao desenvolvimento, e não uma arma estratégica de poupança de recursos naturais e qualidade de vida no presente e no futuro. Além disso, ainda existe uma outra falta de percepção párvoa, que é a incapacidade compreender que a agenda marrom [a área antropizada, incluindo a sociedade humana] é duas vezes mais importante do que da verde [a área preservada]. O conseqüente desprezo pela agenda marrom vai acabar por eliminar os problemas da verde, considerando que nao haverá mais verde para ser preservado.abs,

Por Redação ((o))eco
16 de fevereiro de 2005

Itaipu

De Glenn SwitkesInternational Rivers Network - São PauloAo editor,Achei super-interessante o artigo sobre Itaipu. Faltou lembrar que Itaipu não é uma usina brasileira - tanto no lado brasileiro, tanto no lado paraguaio (durante a ditadura Stroessner) houve impactos sérios. Relatórios entregues a Comissão Mundial de Barragens mostram que milhares de indígenas do lado paraguaio foram sumariamente despejadas sem indenização, relocação às reservas - ou seja foram expulsos sem processo nenhum. Muitas dessas populações hoje moram na periferia da Cidade del Este. Onde está a compensação ambiental para essas populações?

Por Redação ((o))eco
14 de fevereiro de 2005

Mudanças climáticas

De AlexandreCaro Editor,Bastante interessante a coluna sobre o Projeto de Lei da Política Nacional de Mudanças Climáticas.Um outro assunto que não tem recebido destaque, ainda na linha de poluição do ar, é a entrada em vigor em maio do Anexo V da MARPOL (Convenção sobre a Poluição gerada por Navios). Talvez merecesse uma matéria.Ver: http://www.imo.org/Conventions/contents.asp/doc_id=678&topic_id=258#30Atenciosamente,

Por Lorenzo Aldé
2 de fevereiro de 2005

Resposta ao presidente da FEMERJ

De Pedro P. de Lima-e-SilvaEngenheiro AmbientalServico de Segurança Radiológica e AmbientalComissão Nacional de Energia NuclearSrs.A digressão sobre ética do Sr. Bernardo Collares Arantes (carta publicada abaixo), Presidente da FEMERJ, contradiz os fatos.Se a questão foi discutida tanto na lista da FEMERJ, como ele mesmo admite, não é estranho não ter havido nenhuma reação de repúdio ou de explicação de nenhum dos membros da FEMERJ, seu presidente Bernardo Collares Arantes à frente, às mensagens das pessoas que se propuseram a detonar o totem, a não ser uma resposta burocrática, como se para apenas se precaver contra futuras acusações? Se a FEMERJ, com seu presidente Bernardo Collares Arantes, tem tanta preocupação assim como sugere o eminente advogado, por que a diretoria da FEMERJ, incluindo o missivista, ouvindo as mensagens trocadas, não se revoltou de imediato, mostrando a lei, contra uma proposta evidentemente ilegal de detonar uma parte de uma montanha que é patrimônio nacional? Por que se calaram diante do caminho evidente que o processo estava tomando? Seria o silêncio conveniente? Por que não alertaram os autores e os cúmplices que poderiam ser processados pelo Ministério Público pelo que ameaçavam fazer?Da mesma forma que havia alpinistas falando da propalada possível queda das pedras, havia muitos outros falando que elas sempre estiveram sólidas. Sobre o laudo da GeoRio que agora pode ser que apareça, pois na época não foi divulgado apesar de pedidos insistentes na própria lista de discussão, um professor de geografia da PUC afirmou de forma muito simples que "todas as pedras um dia vão cair, a menos que se revogue a lei da gravidade". Então que se detonem também as encostas do Corcovado, e de quase todas as montanhas que escalamos. Se a GeoRio é chamada, o que dirá ela sobre pedras fisicamente separadas da rocha matriz? Que elas podem cair? Por que nenhuma universidade do Rio, como a UFRJ ou a PUC, onde se encontram especialistas vários sobre encostas e deslizamentos, não foram consultadas? Por que os órgãos responsáveis como o IPHAN e o CML não foram consultados pela FEMERJ? Por que os órgãos ambientais não foram contactados pela FEMERJ sobre o problema?Há mais um agravante: mesmo admitindo a improvável verdade de que havia risco iminente de queda das pedras, já que as pedras não se moviam mesmo com a aposição de peso considerável, havia tecnicamente inúmeras soluções para fixar as pedras no lugar com impactos ambientais desprezíveis. Uma consulta a eminências em estruturas sobre rochas no Brasil que labutam nesta cidade podem atestar sobre isso.Então os fatos contradizem toda a lenga-lenga sobre ética e moral. A ética e a moral são constantemente usadas pelas pessoas para deixar fazer as coisas que são exatamente contra a ética e a moral. Parece que mais pessoas leram O Príncipe, de Machiavel, do que supõe a venda nas livrarias. Assim como se usam os argumentos de lutar pela paz para fazer a guerra, ouve-se na lista da FEMERJ as mensagens de regozijo pelo crime ambiental cometido. Há várias mensagens, até de pessoas que ocuparam cargos públicos, justificando o crime pelo velho argumento de que se o governo não faz, então que façamos nós. No velho far-west também era assim, e parece que no Rio de Janeiro isso vem voltando à moda nos últimos anos. Há uma mensagem, em especial, falando que esperar por atitudes da GeoRio seria até um erro, porque a GeoRio, segundo o associado, só faz coisas "horrorosas" nas encostas da cidade. Mais bonito deve ser destruir um lance de pedras que está ali há pelo menos milhares de anos, não é não? Sendo o Sr. Bernardo Collares Arantes, presidente da FEMERJ, o que já se justificaria por si só como conhecedor da lei, mas ainda por cima tendo a profissão de advogado, deveria ele ter se calado emitindo apenas uma resposta burocrática diante das discussões sobre detonar um patrimônio?Uma última questão coloca em cheque essa alegação burocrática de ética e moral: segundo as mensagens da lista da FEMERJ, inclusive com confirmação e confissão de autoria, havia quatro pessoas que foram os perpetrantes de manobra covarde, que foram inclusive avistadas por um dos associados que subia logo depois deles. Dessas pelo menos quatro pessoas, estava uma senhora que fazia parte da FEMERJ então. As palavras nas mensagens do Sr. Tonico, réu confesso na lista, são contundentes: "matamos dois coelhos com uma cajadada só, acabamos com o risco de queda das pedras e reduzimos a quantidade de pessoas subindo o Costão."Sobre a afirmação de que houve "pouca diferença" entre o grau de dificuldade da via, um sofisma que não se sustenta: a quantidade de pessoas que com o apoio de um escalador podem vencer um lance de 1o grau é virtualmente infinita, porque qualquer pessoa com uma atividade física usual pode subir um lance de 1o grau, mesmo sem ajuda nenhuma. Já um lance de 2o sup ou 3o grau, e regrampeado para impedir o uso dos grampos como apoio para a subida, reduz esse número em várias ordens de grandeza. Se não fosse assim, muito provavelmente as pedras não teriam sido destruídas. Os argumentos do Sr. Bernardo Collares Arantes não batem com os fatos: veja-se a freqüência atual contra a freqüência anterior e constate-se o inevitável. Se não há, e eu não tenho certeza disso, uma prova cabal de que o objetivo escuso da derrubada das pedras era a elitização da via, então com certeza o resultado prático do ato ilícito foi essa redução!Mais: o Costão ser classificado como uma escalada é brincadeira: a via tem 600 metros de caminhada e [tinha] 12 metros de trepa-pedra de 1o grau, que qualquer pessoa minimamente saudável pode ultrapassar. Meu primeiro Costão foi há 39 anos atrás acompanhado de toda a minha turma de garotos de 11 anos de idade do colégio, e apenas dois guias, sem nenhum risco relevante. Mais tarde, já como montanhista de clube, eu e meus amigos levamos ao Costão desde crianças de 3 anos até senhores de 65 anos, o que hoje já se tornaria uma operação bem mais complicada e arriscada.A publicação subseqüente no jornal O Globo de uma reportagem com o Sr. Bernardo Collares Arantes, contradiz suas próprias palavras de que não há diferença praticamente de grau de dificuldade; ela é eloqüente por si mesma:"— Isso quer dizer que há mais riscos. Uma pessoa despreparada pode cair e se machucar ou eventualmente até morrer. Queremos alertar para esse fato porque não queremos acidentes. Agora, é necessário que as pessoas que não sabem escalar contratem um profissional ou uma empresa que faça o passeio dentro dos padrões de segurança, usando equipamentos — disse Bernardo Collares." [O Globo, 30/01/2004].O Sr. Bernardo Collares Arantes estava certíssimo. Logo depois de ele afirmar isso houve dois acidentes no Costão, via que estava há décadas sem acidentes. Pior, a declaração dele no jornal ainda suscita dúvidas mais pitorescas, para dizer o mínimo: poderiam ter sido derrubadas as pedras como reserva de mercado? E se não há provas de que o foram, certamente o resultado assim se deu, como aliás, afirmam as próprias palavras do Sr. Bernardo Collares Arantes, presidente da FEMERJ.À parte toda a discussão quase semi-inútil, não resta o silêncio: resta o fato de que algumas pessoas, associadas da lista da FEMERJ, montanhistas "de carteirinha", acompanhados de pessoas da FEMERJ ou muito próximas à diretoria da FEMERJ, perpetraram um crime partimonial e ambiental, usando de argumentos questionáveis, decidindo de foro pessoal pela destruição de um patrimônio público, debaixo dos olhos e ouvidos da FEMERJ, que se não tem culpa direta no ato ilícito, na melhor das hipóteses proporcionou o meio e um caldo cultural de ilicitude, e não produziu nenhuma reação sequer em busca das leis de defesa do patrimônio ou do ambiente. Saiu correndo para "regrampear a via", talvez porque a grampeação original ainda não aumentava o grau de dificuldade até o ponto alto o suficente para causar uma redução correspondentemente forte do fluxo de usuários. Com certeza vão dizer que a regrampeação é para dar mais segurança à via de escalada, segundo os padrões de ética do alpinismo. Incrível coincidência, a nova regrampeação aumenta o grau de dificuldade da via...Se a FEMERJ tem de fato tantas preocupações assim com a ética e a moral, então não poderia deixar de acionar reações legais para proteger o meio ambiente de crimes arbitrários de pessoas que se julgam donas de patrimônios públicos, em vez de ficar ameaçando aqueles que denunciam os crimes contra a Natureza. Está tudo de cabeça para baixo. Um crime foi cometido, eu e outros se indignaram, mas a FEMERJ está preocupada em nos calar, não com o crime! Estranho país esse.abs,

Por Redação ((o))eco
31 de janeiro de 2005

Ilha do Papagaio

De Marlene MoonjianSérgio Abranches, adoramos sua reportagem sobre a Ilha do Papagaio, que fantástico, nós aqui nos Estados Unidos adoramos esta ilha pela beleza e pelo que ela representa para todos nós brasileiros. É verdadeiramente um tesouro de maravilha e um privilégio para todas as pessoas que tiveram e vão ter a oportunidade de visitar este lugar de sonhos. A sua reportagen está em exibição nos escritórios centrais da AT&T no sul da Flórida. Congratulations Sérgio Abranches por repartir sua mensagem com os brasileiros nos Estados Unidos. Saudações,

Por Lorenzo Aldé
27 de janeiro de 2005

Rio Rainha II

De Adriana BocaiuvaBelo batismo para a nova repórter Maria Beatriz que fez um ótimo levantamento sobre o Rio Rainha, com fotos e fontes corretas. Como moradora do bairro e "freqüentadora" do rio fico feliz em vê-lo objeto de matéria do O Eco.Gostaria de fazer uma única observação quanto ao traçado apresentado no mapa anexo (a própria prefeitura reconhece a falha) à matéria pois o desenho do rio está errado. O Rio Rainha conta com pelo menos (até onde já pude apurar in loco) 3 braços que contribuem para suas águas que, antes de obras promovidas pela prefeitura na década de 60, se juntavam e constituíam um só rio, o Rainha.Hoje em dia o rio está canalizado em 2 vias que não se comunicam mais. Dois braços que nascem no Alto Gávea (um no vale da vista chinesa dentro do parque da cidade e outro na base do morro do Laborioux no condomínio da Escola Americana) e correm separados , um passando na minha casa (na Rua Mary Pessoa 56) e outro no Instituto Moreira Salles e só se unem um pouco antes de chegarem à PUC, seguindo daí unidos em um único corpo até desembocar no Canal da Visconde tomando o rumo da praia do leblon. O outro braço nasce lá pela altura da Clínica São Vicente, descendo a Duque Estrada, atravessando a Marquês após o portão principal da PUC nesta via, seguindo então pelo Planetário (a céu aberto), atravessando a rua Desembargador Rubens Berardo já subterrâneo até aparecer a céu aberto de novo no tal ponto de ônibus retratado na matéria (na rua Artur Araripe) seguindo subterrâneo e desembocando no trecho do Canal da Visconde de Albuquerque em frente ao Colégio André Maurois, tomando o rumo da lagoa (passando pelo Jóquei Clube). Ufa. Este longo relato serve para demonstrar que apesar de muito bem escondido o rio Rainha é tb muito querido pelos seus freqüentadores. Na minha casa os cachorros e os moradores (além de sapos, garças, gabas, borboletas azuis, micos etc.) freqüentam o rio há gerações, e por isso comemoramos a melhoria da qualidade de suas águas graças a uma intensa batalha de mais de 3 anos da Associação de Moradores do Alto Gávea junto à Cedae para sanar pontos de descarga clandestina de esgoto ao longo de suas margens. Cabe registrar que o pior problema foi sempre a caixa coletora da própria Cedae, na Estrada da Gávea na altura do colégio Americano, que volta e meia transbordava, fazendo com que o esgoto fosse desaguar no rio Rainha pelos dutos de água pluvial. O que foi corrigido, melhorando radicalmente as águas do rio.Parabéns pela matéria, Maria Beatriz.

Por Redação ((o))eco
26 de janeiro de 2005

Rio Rainha

De Fábio VillelaOi, Maria Beatriz, Muito interessante sua matéria sobre o rio Rainha, me trazendo inclusive novas informações sobre o rio. Apesar de ter consultado a carta com curvas de nível e vasculhar suas nascentes eu não sabia que ele originalmente desaguava na Lagoa. Quanto às oficinas mecânicas são um problema antigo e que na minha opinião só pode ser resolvido através de ação judicial e força policial para desativar as oficinas ilegais nas margens do rio. O problema das águas "pluviais" contaminadas que são jogadas dentro do rio também é sério, sendo notável como depois da hora do almoço o rio fica mais turvo e a noite ou de manhã bem cedo ele apresenta um aspecto melhor. As comunidades e os edificios de apartamentos lançam restos de detergentes, alimentos, esgoto sanitário e todo tipo de aditivos indesejáveis nas águas, que apesar disso ainda mostram muitas criaturas vivendo em seu ecosistema. Quanto ao video, devido a um problema de software não consegui rodar aqui, mas tenho certeza que vcs fizeram um bom trabalho. Um abraço,

Por Redação ((o))eco
26 de janeiro de 2005

Sobre carrões

De Pedro P. de Lima-e-SilvaEngenheiro AmbientalServiço de Segurança Radiológica e AmbientalComissão Nacional de Energia NuclearEduardoPara discutir sobre os carrões e seus danos desastrosos, deveríamos primeiro exigir que o DETRAN páre de encher o saco de todo mundo por causa de um amassadinho na lateral do carro ou um vidro de lanterna rachado, e ao mesmo tempo aprove na vistoria um veículo que solta toneladas de fumaça pelo escapamento!Segundo a prática do DETRAN brasileiro, você não pode andar com um carro amassado, mas pode pode matar gente intoxicada pelo monóxido e os trocentos de venenos na descarga de sua máquina particular de degradação da vida!abs,

Por Redação ((o))eco
25 de janeiro de 2005