O diretor de criação e manejo de Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes, Pedro Menezes, afirma que não está a passeio no órgão. Garante querer promover uma pequena revolução dentro do ICMBIO, que teria herdado a cultura do IBAMA de dificultar o acesso do público a parques nacionais e outras unidades de conservação.
Também diplomata, ele já viajou e visitou os principais parques e áreas protegidas da Austrália, Europa e África, enquanto ocupava postos no exterior. Ele diz que Luxemburgo e Liechtenstein, dois diminutos países, têm mais trilhas demarcadas do que o Brasil. Por sete anos, Menezes atuou também como colunista de ((o))eco
Defende que se queremos o apoio da sociedade para a conservação devemos parar de impedir as pessoas de conhecerem e desfrutarem, dentro de padrões corretos, das áreas protegidas brasileiras. No caso de parques nacionais, lembra, é lei. Eles foram criados com a obrigação de promover o ecoturismo e proteger a paisagem, duas finalidades que só se justificam para uso humano.
Finalmente, está entusiasmado em criar trilhas de grande extensão. Uma delas é a chamada Transcarioca, que unirá um mosaico de áreas protegidas, permitindo que os seus usuários cruzem a área que liga Guaratiba até o Pão-de-Açúcar.
Leia também
Roberto Vizentin: prioridade será a regularização fundiária
Palmilhando, o blog de Pedro Menezes em ((o))eco
Áreas Protegidas na Amazônia Brasileira: avanços e desafios
Acompanhe as notícias do 7o CBUC na página especial de ((o))eco
Leia também

Valor de multas ambientais está desatualizado, diz superintendente do Ibama no RJ
Discussão retoma após repercussão do caso de mulher que matou onça-parda no Piauí. Pena por maus-tratos de gatos e cachorros é mais que o dobro da de animais silvestres →

Cientista da Embrapa Pantanal é premiado pela defesa da vida mundial
Pesquisador publicou mais de 200 artigos, capítulos e livros sobre temas como conservação e gestão da biodiversidade →

A sede do capitalismo de vigilância
Inteligência Artificial e Estresse Hídrico: o alto, oculto e custoso consumo de água por gigantes da comunicação e a promessa de novas IAs →