Beto Ricardo, do Instituto Socioambiental do Brasil, é o coordenador geral da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (RAISG), que apresentou na semana passada em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, o Atlas Amazônia sob Pressão.
Este atlas apresenta uma série de mapas com os resultados da compilação de seis fatores que são pressões e ameaças atuais da Amazônia no continente: estradas, mineração, petróleo e gás, hidrelétricas, queimadas e desmatamento. Desta forma, o atlas oferece um panorama geral do que acontece na região panamazônica.
Em conversa com a equipe do ((o))eco, Beto afirma que eles chegaram a conclusões nada animadoras sobre a Amazônia, que “estão avançando novas formas de ocupação econômica nos últimos 50 anos, que significam basicamente a degradação, supressão e fragmentação” da Amazônia, diz.
Beto explica que na Amazônia não existe uma governança com ampla capacidade de convocatória, que inclua todos os atores, o que não permite o estabelecimento e manutenção de “espaços de reflexão integrada sobre a Amazônia”. E não é que seja uma tarefa fácil, se levamos em conta a amplitude da região: 7.8 milhões de km2, 1.497 municípios, 33.6 milhões de habitantes e 385 povos indígenas.
A partir deste levantamento, a RAISG criou um plano de comunicação para que a informação gerada chegue aos vários setores da Amazônia, com versões em espanhol, português e inglês, impressos e digital, além dos mapas com todos os dados no site da rede. Desta forma, o que se quer é promover “a criação de novos espaços de governança na Panamazônia”, nas palavras de Beto Ricardo.
Amazônia sob Pressão
Atlas Amazônia sob Pressão: 240 mil km2 desmatados em 10 anos
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Amazônia sob Pressão (PDF Espanhol)
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