Salada Verde
25 de setembro de 2008

Novo leilão de créditos de carbono

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) realizou, na manhã de hoje, o segundo leilão brasileiro de Reduções Certificadas de Emissão (RCEs). Cada uma representa uma tonelada de carbono não lançada na atmosfera. A empresa suíça Mercuria Energy Tradin arrematou o lote de 713 mil RCEs por R$ 37 milhões. Cada uma foi vendida a 19,20 Euros, valor 35% acima do preço mínimo, que era de 14,20 Euros. Os créditos vieram dos aterros sanitários Bandeirantes e São João. O valor arrecadado será destinado à prefeitura da capital, que já se comprometeu a usá-lo em melhorias nos aterros.

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25 de setembro de 2008
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25 de setembro de 2008

Obras prometidas não saíram do papel

Quase 65% dos créditos negociados vieram do aterro Bandeirantes, que fica na zona norte de São Paulo e há cinco anos fornece gás para uma termoelétrica, com capacidade de geração de 170 mil MW/hora. Já no aterro São João, na zona leste da capital paulista, uma usina foi instalada no início deste ano, com capacidade para gerar 200 mil MW/hora. O primeiro leilão de crédito de carbono aconteceu há um ano, quando foram negociadas 808.450 toneladas de carbono. Na ocasião, a Prefeitura de São Paulo também prometeu melhorias para as condições de vida dos moradores da região do aterro Bandeirantes. Muita coisa ainda não saiu do papel.

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25 de setembro de 2008
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25 de setembro de 2008

Posseiros podem ganhar 4% da Amazônia

Não satisfeito com o pífio processo de regularização de terras na Amazônia promovido pelo Incra, o governo decidiu piorar a situação. Como? Doando 4% da maior floresta tropical do planeta para posseiros. Por mais incrível que pareça, a notícia é verdadeira e pode ser concretizada já em novembro – prazo estipulado por Lula para que o Plano Amazônia Sustentável defina mudanças nas regras de titulação de propriedades. Reportagem da Folha de S. Paulo (só para assinantes) diz que Brasília estuda a possibilidade de se desfazer de terrenos com até quatro quilômetros quadrados, hoje na mão de invasores. Caso a proposta vingue, uma área duas vezes maior do que o estado de Pernambuco seria doada à ilegalidade Amazônia, e o prejuízo para os cofres públicos chegaria a 2,1 bilhões de reais. É o governo consumando e estimulando a ilegalidade.

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25 de setembro de 2008
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25 de setembro de 2008

Encontros sobre meio ambiente

José Augusto Pádua, ambientalista e colunista do O Eco, convida para uma série de quatro encontros na Casa do Saber (Rio de Janeiro). A partir de 6 de outubro e nas três segundas-feiras seguintes, ele promove o curso “Nós e o Planeta: Uma história ecológica global”. Durante as palestras, Pádua analisará a natureza a partir dos problemas ecológicos gerados pelas ações humanas ao longo da história.

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25 de setembro de 2008
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25 de setembro de 2008

Um parque para Marajó

O governo do Pará estuda a criação de uma zona de proteção integral na Ilha do Marajó, provavelmente um parque estadual, no ano que vem. Três áreas da ilha já foram identificadas como candidatas a virar unidade de conservação.

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25 de setembro de 2008
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25 de setembro de 2008

Área protegida no oeste do Pará

Outra zona do território paraense que pode se tornar unidade de conservação fica no oeste do estado, entre o Parque Nacional da Amazônia e a Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns. Ainda não se definiu se ela será de proteção integral ou de "uso sustentável". Mas para adiantar o processo, a Secretaria do Meio Ambiente colocou a área sob limitação administrativa provisória, restringindo atividades econômicas. O Instituto de Terras do Pará deu início ao levantamento da situação fundiária.

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25 de setembro de 2008
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25 de setembro de 2008

Seis novas unidades em três anos

A Secretaria do Meio Ambiente do Pará definiu uma meta ambiciosa para 2011. Consolidar seu sistema de unidades de conservação – incluindo a definiçnao de planos de manejo, criação de bases e designação de funcionários para cada uma delas – e criar mais seis novas zonas protegidas. Três delas, em princípio, serão de proteção integral.

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25 de setembro de 2008
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25 de setembro de 2008

Azar do nosso ar

O movimento em favor do meio ambiente no Pará tropeça nos sonhos desenvolvimentistas da governadora Ana Júlia Carepa (PT). Ontem, em Belém, governo estadual e Eletronorte assinaram convênio para construir uma segunda termelétrica no município de Barcarena. Vai gerar 600 MW e será movida à carvão. O aquecimento global que se dane.

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25 de setembro de 2008
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25 de setembro de 2008

Mãozinha para o efeito estufa

Ana Júlia, que voltou a dizer que é favorável à construção da Usina de Belo Monte, anunciou também que quer plantar, na Bacia do Tapajós, mais cinco termelétricas. Tudo a carvão. A governadora informou que os estudos de impacto dessas usinas já foram enviados à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A secretaria de Meio Ambiente estadual soube dos planos pela imprensa.

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25 de setembro de 2008
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25 de setembro de 2008

Ao menos uma boa notícia energética

Falando em energia elétrica no Pará, a Usina de Tucuruí iniciou a renovação de sua licença de operação no ano passado, e falando grosso. Disse que as características de seu reservatório, muito entrecortado, impediam que ela sequer estudasse a recomposição de sua mata ciliar. A Secretaria de Meio Ambiente retrucou que, então, era melhor nem iniciar a conversa, porque a recomposição da mata ciliar no entorno de reservatórios é uma exigência legal. Tucuruí afinou. Há dois meses, uma equipe da empresa foi visitar a Hidrelétrica de Itaipu para aprender como uma floresta foi replantada ao longo de seu reservatório, no oeste do Paraná. Também se informaram sobre o programa Cultivando Água Boa, com o qual Itaipu está investindo na recuperação de áreas de preservaçnao permanente.

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25 de setembro de 2008