Teve início na madrugada desta quarta-feira (16) um protesto organizado por garimpeiros na frente da sede do ICMBio no município de Itaituba, no Pará, bloqueando o acesso ao edifício. A manifestação é uma resposta às ações de fiscalização ambiental na região. Nesta segunda-feira (14), a Polícia Federal deu início à Operação Caribe Amazônico com o objetivo de reprimir o garimpo ilegal nas regiões de Itaituba, Jacareacanga, Moraes de Almeida, Creporizinho e Creporizão.
A operação da PF tem como objetivo principal reprimir atividades de garimpo ilegal no rio Tapajós, por meio da apreensão de materiais e destruição de maquinários utilizados na prática ilegal, bem como a repressão de outros ilícitos ambientais na região. No final de janeiro a PF instaurou um inquérito para investigar as causas da mudança de coloração do rio Tapajós, que apresenta aspecto barrento – o que seria uma consequência da explosão do garimpo na região. O município de Itaituba fica às margens do Tapajós e é considerado um dos maiores centros de garimpo ilegal do país.
De acordo com nota da PF publicada nesta terça-feira, “até o momento já foram inutilizadas quatro pás caveiras e dois motores usados para bombear os sedimentos na extração do ouro que estavam sendo despejados nos igarapés que deságuam no Rio Tapajós, poluindo o rio”.
De acordo com apuração do jornal “O Liberal”, circulam áudios em grupos de Whatsapp, no qual os garimpeiros pedem que empresários e demais mineradores se reúnam em frente à base do ICMBio e do Ibama, para protestar contra as ações de fiscalização ambiental na região.
Na semana anterior, a PF já havia deflagrado a Operação Alerta Amazônia 2 que teve como foco principal combater desmatamentos com uso posterior de fogo, ocorridos no interior da Floresta Nacional de Altamira, localizada em Itaituba. Conforme comunicado da PF, dentro da floresta foram identificados mais de 2 mil hectares de área desmatada.
((o))eco enviou e-mail para a assessoria de comunicação do ICMBio em busca de uma resposta do instituto à manifestação e um posicionamento sobre as ações de fiscalização na região, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
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