O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, se manifestou a favor da “exploração sustentável” de petróleo na região da foz do Rio Amazonas. A declaração foi feita nesta segunda-feira (26), durante a abertura da Rio Oil and Gas, feira que reúne empresas do setor no Rio de Janeiro.
A região da Foz do Amazonas abriga um ecossistema que ficou conhecido como “os corais da Amazônia”, que se estendem entre a costa do Amapá, passando pela costa do Maranhão até a Guiana Francesa. O potencial petrolífero da região é semelhante a grandes descobertas já feitas na Guiana e no Suriname.
Até setembro de 2020, a petrolífera francesa Total E&P do Brasil Ltda tentava o licenciamento para perfuração da bacia, mas, após seguidas negativas do Ibama por falta de documentações, ela desistiu do empreendimento, passando a exploração para a Petrobrás.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, a exploração naquela região foi um dos principais temas da cerimônia de abertura da Oil and Gas. O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, chegou a demonstrar seu descontentamento com as seguidas negativas do órgão licenciador ambiental e, indiretamente, cobrou Joaquim Leite por um posicionamento favorável à exploração.
Após a cerimônia, o mandatário da pasta ambiental disse que o Brasil segue rigorosas leis, mas que a exploração de petróleo na região é uma possibilidade. “Dá para explorar petróleo e garantir a proteção ambiental”, disse o ministro.
Leia também
Petrobras assumirá a exploração dos blocos na Foz do Rio Amazonas
Após quatro rejeições do Ibama, petroleira francesa renuncia a operação na perfuração na bacia e estatal brasileira vai tentar licença ambiental novamente →
Ibama não vai rever decisão sobre exploração no Foz do Amazonas
Em decisão definitiva, órgão manteve a negativa de licença para a petroleira francesa Total E&P realizar a exploração de petróleo na região. Não cabe recursos →
Investimento em mineração integra as propostas dos dois principais candidatos ao governo do Amapá
Candidatos ao governo defendem a extração de minérios como solução para economia do estado menos desmatado da Amazônia →