A ararajuba é uma ave vistosa. Sua plumagem é quase inteiramente de um amarelo muito vibrante, com exceção das pontas das asas, coloridas de verde-oliva. Seu maior atributo, no entanto, também é uma de suas maiores vulnerabilidades.
A ave foi, historicamente, vítima de tráfico de animais silvestres que, associado à perda de habitat, reduziu a população das ararajubas (Guaruba guarouba) a alguns poucos milhares de indivíduos em toda a Amazônia, bioma onde ocorre.
Por tais fatores, os céus do Pará – estado onde cerca de 80% da população da espécie está concentrada – foram paulatinamente perdendo o colorido da ave. Tanto que, há aproximadamente um século, a capital paraense, Belém, declarou a espécie extinta localmente.
Mas um programa de reintrodução conduzido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio) e pela Fundação Lymington, com o apoio do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), busca reverter essa história. Os resultados são promissores. Confira:

Região Metropolitana de Belém, o Parque Estadual do Utinga, uma área de 13,98 km² que preserva parte do ambiente natural da ararajuba. Foto: Marcelo Vilarta













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Belo projeto. Nunca vi uma na natureza, mas tenho certeza de que é linda voando livre.
Lindo trabalho de reintrodução desta ave maravilhosa. Obrigado a O ECO pela matéria, com belas fotos, e parabéns a todos do IDEFLOR-Bio, da Fundação Lymington e do MZ-USP pelo trabalho.