Salada Verde

O fim para o DDT no Brasil

A partir de agora, estão proibidos no país “a fabricação, a exportação, a manutenção em estoque, a comercialização e o uso de diclorodifeniltricloretano (DDT)”

Salada Verde ·
15 de maio de 2009 · 16 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
DDT usado na erradicação da malária. Foto: Wikipédia.

Em 1962, a bióloga norte-americana Rachel Carlson lançou o livro que, para muitos, é o embrião do movimento ambientalista mundial: “Primavera Silenciosa”. Através de análises acuradas, ela descobriu que o DDT (pesticida mais usado na época em cultivos agrícolas) causava câncer em animais e seres humanos. Alguns anos depois, o fertilizante que deu ao químico suíço Paul Hermann Müller, seu descobridor, o Nobel de medicina em 1948 foi banido de diversas nações – inclusive os Estados Unidos.

Usado para combater vírus como o da malária e dengue, o DDT foi proibido na agricultura brasileira em 1985. Na ocasião, porém, seu uso continuou liberado para o controle de doenças. O panorama mudou nesta sexta-feira, quando o Diário Oficial da União publicou a Lei 11.936, assinada pelo presidente Lula. A partir de agora, estão proibidos no país “a fabricação, a exportação, a manutenção em estoque, a comercialização e o uso de diclorodifeniltricloretano (DDT)”.

Todos os estoques deste pesticida espalhados pelo Brasil terão trinta dias para a incineração – com os devidos cuidados contra a poluição do ambiente e “riscos para a saúde humana e animal”. A notícia é ótima. Pena que demorou tanto para sair.

Leia também

Salada Verde
31 de outubro de 2025

Manifesto pede revogação de decreto que adia georreferenciamento de imóveis rurais

Entidades e profissionais afirmam que suspensão até 2029 para propriedades de todos os tamanhos representa retrocesso na governança fundiária e ameaça a segurança jurídica no campo

Reportagens
31 de outubro de 2025

Brasil espera que cúpula de líderes dê o tom das negociações na COP30

Políticos estaduais querem que biomas não florestais tenham mais presença nas negociações e decisões da conferência

Reportagens
31 de outubro de 2025

Novo paradigma energético exige flexibilidade e armazenamento no Brasil, diz pesquisador da USP

Em conversa com ((o))eco, Roberto Rockmann destaca importância do Brasil desenvolver flexibilidade de operação para equilibrar demandas futuras entre diferentes fontes de energia

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Comentários 1

  1. Paulo Carvalho diz:

    Bom dia, apenas um pequeno detalhe o DDT é um pesticida e não um fertilizantes com está no texto.