Aberta ao público e sem necessidade de credenciamento, a Zona Verde da COP30, também chamada de Green Zone, promete ser o ponto de encontro entre sociedade civil, comunidades tradicionais, setor privado e governos durante a conferência do clima, que será realizada no Parque da Cidade, em Belém. Administrado pelo governo federal, o espaço foi concebido como uma vitrine de soluções sustentáveis, com debates, oficinas, exposições e atividades culturais voltadas à inovação e à transição ecológica.
Diferente da Zona Azul, restrita às delegações oficiais e negociações entre Estados, a Green Zone busca aproximar a agenda climática da população. “Enquanto a Zona Azul é o espaço voltado às negociações entre os Estados, a ideia da Green Zone é ser um local aberto para que quem não faz parte dessas tratativas também possa participar, interagir e usufruir da experiência que a conferência proporciona”, afirmou Pedro Pontual, secretário-adjunto da Casa Civil e facilitador do Processo de Segurança Pública da COP30.
Segundo Pontual, o acesso será livre, mas com controle de segurança. Detectores de metais e inspeção por raio-X substituirão o credenciamento, garantindo a integridade do espaço sem restringir a participação. A proposta é permitir que a população de Belém, anfitriã da conferência, se envolva diretamente com os temas globais do clima, transformando o Parque da Cidade em um território de diálogo, educação ambiental e mobilização coletiva pela sustentabilidade.
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) ocorre entre 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém.
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