Acostumadas a produzir no Brasil com os impactos ambientais que bem entendem, empresas de celulose e papel e outros setores intensivos podem bater de frente com barreiras ambientais impostas pelos Estados Unidos. É o que mostra um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que também aponta possíveis prejuízos para as exportações de ferro e aço, argila, papel e alumínio.
Tudo se fundamenta na Lei Waxman-Markey, aprovada em junho passado e que estabelece metas de redução de emissões para os Estados Unidos. Ainda não está totalmente definido pelo Congresso, mas as chances crescem de que, para compensar os fabricantes locais e evitar a fuga de empresas para países com padrões ambientais menos rígidos, os americanos estabeleçam medidas de fronteira, como exigir que os importadores comprem licenças de emissões de carbono.
No Brasil, a siderurgia pode ser a mais prejudicada, pois quase 27% das exportações de ferro e aço são destinadas ao mercado americano, o que significou US$ 3,4 bilhões em 2008, diz o site Celulose Online.
Leia também
STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas
Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas →
Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal
Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção →
Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional
Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira →




