Dois anos de pesquisas permitiram ao biólogo Mauro Teixeira Júnior levantar dados sobre hábitos alimentares, relações com o clima, períodos de reprodução e outras informações inéditas sobre lagartos que vivem no pouco estudado vale do rio Peruaçu, norte de Minas Gerais, onde avança o semi-árido brasileiro. Foi lá que ele avistou, em 2007, um Enyalius pictus, espécie que até então especialistas só haviam encontrado na Mata Atlântica. A pesquisa conduzida junto ao Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo teve apoio da Fapesp e recolheu dados preciosos sobre aqueles animais, típicos da “mata seca” que cresce sobre solos calcários e que perde as folhas a cada estiagem. Alguns lagartos terão seu DNA analizado para aprofundar o conhecimento sobre suas características e, quem sabe, apontar novas espécies. Por falar nisso, nas armadilhas preparadas por Teixeira durante a pesquisa também surgiu um novo sapo. Adiante, o biólogo deve seguir vasculhando regiões semelhantes no restante do Brasil. Mais informações da agência Fapesp aqui.
Saiba mais:
Bem-vindas à ciência
A viagem do espeleólogo Claude Chabert
Sem abalos
Reencontro
Leia também
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Oeco2_sinalizacao-da-TESP.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
Transespinhaço: a trilha que está nascendo na única cordilheira do Brasil
Durante 50 dias e 740 quilômetros a pé, testei os caminhos da Transespinhaço em Minas Gerais, de olho nos desafios e oportunidades para esta jovem trilha de longo curso →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Screenshot-2024-07-15-at-18.27.44-664x497-1.png?resize=600%2C400&ssl=1)
Indústria da carne age para distrair, atrasar e inviabilizar ação climática, diz relatório
Trabalho de organização europeia analisou 22 das maiores empresas de carne e laticínios em quatro continentes →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Oeco2_Amazon_rainforest_Satellite_picture_-_3.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
Amazônia é mais destruída pelo consumo nacional do que pelas exportações
Consumo e economias das grandes cidades do centro-sul são o principal acelerador do desmatamento da floresta equatorial →