O plenário da Câmara sustentou esta semana a criação do monumento natural do arquipélago das Ilhas Cagarras, no Rio de Janeiro, como aprovado em 2005 com base em projeto de lei do deputado carioca Fernando Gabeira (PV). O texto referendado rejeita substitutivo da senadora Serys Slhessarenko (PT/MT), que apenas bloqueava atividades no arquipélago até a definição do tipo de unidade de conservação mais adequado para o local.
Conforme Gabeira, a medida ajudará a regular o turismo na região, com elaboração de plano de manejo para ordenar a visitação, mergulho e pesca e promover de estudos. Na região, onde costumam ser avistadas aves marinhas, golfinhos, baleias franca e jubarte, está previsto até o afundamento de embarcações, para facilitar a formação de bancos de corais. Um dos alvos são as Olimpíadas de 2016.
O arquipélago fica cinco quilômetros ao sul da praia de Ipanema e o monumento natural será formado pelas ilhas Cagarras, Palmas, Comprida, Filhote da Cagarra, Redonda e Filhote da Redonda, incluindo dez metros de mar ao redor delas. No caso da ilha Rasa, também parte da unidade de conservação e não citada no substitutivo da senadora, a área marinha protegida será de 200 metros em seu entorno.
Um monumento natural é um tipo de área protegida prevista na legislação federal deddicado a defender a integridade de locais com grande beleza. É uma espécie de “parque nacional” que pode conter áreas particulares, que permite a presença de pessoas em seu interior e atividades turísticas que respeitem as regras do plano de manejo.
Recentemente, nova polêmica envolveu o conjunto de ilhas, com proposta para mudança do nome do monumento natural para “Tim Maia”. Lembre aqui.
Leia também
Fim dos lixões, uma promessa reciclada
A implementação de uma política ambiental robusta, focada no encerramento definitivo dos lixões, não é apenas uma imposição normativa, mas um imperativo ético e estratégico →
Ilegalidade atinge 75% do desmatamento registrado em Mato Grosso em 2024
Nota Técnica elaborada pelo ICV mostra que “tratoraço” normativo registrado no estado ameaça metas ambientais assumidas pelo executivo mato-grossense →
Aridez avança e 3/4 do planeta ficaram mais secos nas últimas décadas, diz estudo da ONU
Relatório apresentado na COP da Desertificação, que acontece na Arábia Saudita, aponta que 40,6% das terras do mundo são áridas; aridez cresce no Nordeste e Amazônia corre risco →