A IUCN (sigla em inglês para União Internacional para Conservação da Natureza) admitiu hoje que as metas globais definidas pelas Nações Unidas para evitar perdas de diversidade biológica até 2010 não foram cumpridas. Em nota, a entidade lembra que o planeta enfrenta a maior extinção em massa desde o sumiço dos dinossauros, há 65 milhões de anos. A IUCN espera que um novo plano seja adotado em dezembro na próxima reunião da convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, em Nagoya (Japão), para conter as perdas de biodiversidade até 2020 e promover a restauração do que for possível até 2050.
“Simplesmente frear a perda de biodiversidade não é mais suficiente, precisamos também restaurar as populações, habitats e ciclos ecológicos que mantêm a biodiversidade e serviços dos ecossistemas, como alimentação, água ou remédios”, disse Jane Smart, diretora de Conservação da Biodiversidade da IUCN. ”Para conseguir isso, precisamos de engajamento em todas os níveis possíveis, com o setor económico, empreendedores, setor público e sociedade civil. É fundamental que o papel da biodiversidade como a base da vida, subsistência e desenvolvimento seja entendido por todos”, completou.
Para cumprir essas metas, incentivos econômicos que prejudicam a biodiversidade precisam ser derubados e novas regulamentações e incentivos financeiros precisam ser postos em prática, reconhecendo o valor dos recursos naturais. Maior interação entre ciência e política e coesão entre os acordos ambientais multilaterais e outras organizações também são essenciais para a aplicação das novas metas de biodiversidade, de acordo com especialistas da IUCN.
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