|
Em Sinop, no Mato Grosso, região da hidrelétrica Sinop, no rio Teles Pires, a base operativa do Ibama teve 29 km² derrubados. Por fim, a base de Altamira, no Pará, região da construção da hidrelétrica Belo Monte, o desmatamento ficou em torno de 27, 6 km². A pesquisadora Sanae Hayashi, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), afirma que há uma tendência de cidades próximas à construção de hidrelétricas estarem no ranking de campeões de desmatamento: “Altamira e Porto Velho estão na lista já há alguns meses e a tendência é continuarem”.
O aumento do desmate também pode estar relacionado aos debates acerca do Código Florestal. No dia 25 de outubro, o relatório do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) manteve a anistia a produtores que cometeram irregularidades até 22 de julho de 2008. E a possibilidade de anistia, afirmam especialistas, impulsiona o desmatamento. “No caso do Mato Grosso, por exemplo, é possível relacionar o aumento do desmate com as discussões sobre o Código”, explica Sanae.
Leia também
Após três semanas com cargo vago, governo nomeia novo superintendente do Ibama de SP
Com histórico na área ambiental, Fabio Tadeu Buonavita foi nomeado nesta segunda-feira. Ele substitui a advogada Perla Muller, que pediu exoneração no início do mês →
Como proteger os territórios do neoextrativismo, do “capitalismo parlamentar” e do “Estado de intimidação”?
Coletivo elenca políticas que agravaram destruição socioambiental no Brasil entre 2019 e 2022 e evidenciam importância dos “lançadores de alerta” e das Ciências Sociais para evitar tragédias →
Funbio abre edital de 2 milhões de reais para projetos de Manejo Integrado do Fogo
Edital irá apoiar projetos de apoio a ações de manejo integrado do fogo no interior e entorno de unidades de conservação na Caatinga, Pampa e Pantanal →