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O meio ambiente em 2007

Em nosso especial da virada, pesquisadores e ambientalistas comentam sobre alguns dos temas mais quentes do ano: divisão do Ibama; aquecimento global; e conservação dos biomas.

Redação ((o))eco ·
21 de dezembro de 2007 · 17 anos atrás

Digamos que retrospectivas não foram feitas para existirem em um site de jornalismo dedicado às questões ambientais. Não que temas importantes não ocorram nesta área, pelo contrário. Mas é que rememorar o ano que está terminando inclui narrar fatos chocantes, apelativos, emocionantes. E no meio ambiente, a emoção está, na maioria das vezes, nos bastidores. Pois não é que este ano de 2007 foi diferente.

Vejam só, tivemos o Ministério do Meio Ambiente causando barulho com uma repentina e mal explicada reforma estrutural de seu principal órgão, o Ibama. Isso gerou uma greve nunca vista entre os servidores e um debate de meses no Congresso Nacional. Ainda agora, temos uma discussão acalorada sobre quais serão os rumos da nova instituição nascida nestas mudanças, o Instituto Chico Mendes. Por isso, a divisão do Ibama foi um dos temas que resolvemos lembrar neste especial de fim de ano de O Eco.

Leia análises sobre a Divisão do Ibama.

E por falar de polêmica quem aqui conseguiu esquecer os bagres do rio Madeira? 2007 foi o ano em que pela primeira fez uma espécie de peixe virou ítem da agenda nacional de ‘desenvolvimento’. Na verdade, as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos bagres e ao atraso do licenciamento das usinas hidrelétricas no rio Madeira foram só a ponta do iceberg de todo um movimento que começou com o lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) em janeiro. O pacotão de Lula promete instalar hidrelétricas, gasodutos e estradas por todo o país. Assim, julgamos importante ouvir especialistas sobre o que representou o ano de 2007 em termos de conservação dos biomas, uma vez que o governo federal lançou muitas obras e poucas áreas protegidas fora da Amazônia.

Leia análises sobre Conservação e Biomas.

Mas 2007 foi um ano em que as questões ambientais alcançaram a mais alta esfera política. Isso graças aos contundentes estudos dos cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), que provaram que o aquecimento é uma crise sem precedentes no Planeta. É claro que não se poderia deixar de reconhecer o papel do ex-vice-presidente do Estados Unidos, Al Gore, que se tornou o porta-voz do combate à mudança do clima. Seu esforço, assim como o do IPCC, em comunicar os perigos desta crise, renderam a ambos o Prêmio Nobel da Paz. O ano terminou com a Conferência ´do Clima em Bali, uma das que mais atenção despertou no público, embora não tenha levado os diplomatas a tomarem medidas mais efetivas contra o aquecimento. Alguns especialistas do tema contam suas impressões aqui em O Eco.

Leia análises sobre o Aquecimento Global.

Enfim, esse é o nosso especial da virada. Desejamos feliz Ano Novo a todos.

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Comentários 1

  1. nicolas meurer diz: