Essa coisa do Brasil com a cana de açúcar vem de longe. A planta, da família das gramíneas, foi trazida pelos portugueses no século XVI e se deu muito bem em áreas onde havia Mata Atlântica, primeiro no Nordeste e depois no Sudeste, em São Vicente e no Rio de Janeiro. No último quarto do século XX, a cana, além do açúcar, começou a produzir combustível e embaladas por incentivos fiscais, suas plantações invadiram o interior de São Paulo e se expandiram em direção à Alagoas. Hoje, estão subindo pelo Cerrado, encostando no Pantanal e entrando pela Amazônia, o que de certa forma faz com que essa foto de Manoel Francisco Brito pudesse ter sido tirada em praticamente qualquer região do país. Mas foi no interior de São Paulo, próximo de Piracicaba, onde não faz cem anos crescia Mata Atlântica de Planalto. De toda aquela floresta, só resta um remanescente relevante de apenas 2200 hectares, mantido há três gerações por uma família de fazendeiros. A imagem foi capturada com uma Canon 10D em ISO 100 e lente Sygma 17mm-35mm.
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