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Frustração em Barcelona

Há 30 dias de Copenhague, frustração com última rodada de negociações. Crescem conversas que acordo não será possível.

Redação ((o))eco ·
6 de novembro de 2009 · 15 anos atrás

Boa noite, são onze horas aqui em Barcelona, onde acaba de terminar a última rodada de negociações do clima antes da reunião de Copenhague, em Dezembro.

Mais uma vez o sentimento entre as organizações ambientalista é de frustração. Há 30 dias do encontro da ONU na Dinamarca, ainda não existem metas de redução de gases de efeito estufa tanto por países ricos quanto por nações em desenvolvimento.

Nesta sexta, o Grupo dos 77 mais China, que representa diversas economias emergentes entre elas o Brasil, voltou a defender sua posição de que não aceitará dos países desenvolvidos um compromisso menor do que 40% de redução.

Mas do outro lado, a União Européia, único bloco de nações ricas que aceita falar em metas, diz que não poderá fazer um esforço maior do que 30%. Mais do isso, os europeus condicionam a sua ação a um comprometimento de países como China, Brasil e Índia de que irão mudar a tendência de aumento de suas emissões.

Além do impasse sobre as metas, ficou claro em Barcelona que aumenta cada vez mais o número de diplomatas e negociadores que não acredita em um acordo em Copenhague. O argumento é de que não há tempo hábil de se montar um tratado internacional com todos os detalhes necessários. A Noruega, por exemplo, disse na plenária final do encontro na Espanha, que esperar um acordo em Copenhague não é realístico.

O que se começa a falar cada vez mais é de uma declaração política que sirva como diretriz para futuras reuniões que detalhem então as metas. Essa é opção dos Estados Unidos, deixou claro o negociador Jonathan Pershing, em conversa com jornalistas nesta sexta-feira.

Mas o Brasil não está nada feliz com isto. O embaixador Luiz Figueiredo Machado, negociador chefe do Brasil na Convenção do Clima disse que a posição do país continua sendo de que Copenhague deve ter como resultado um acordo robusto com números muito claros das metas assumidas pelos países ricos. Perguntado sobre suas expectativas, Figueiredo disse que ainda tem esperanças. de que bom acordo possa acontecer.

Acompanhe aqui O Eco a cobertura especial sobre Copenhague.

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