![O peixe-voador ([i]Exocoetus volitans[/i]) voa sobre as águas perfeitamente calmas do Golfo do México. Foto:](/wp-content/uploads/oeco-migration/images/stories/mar2014/peixe-voador.jpg)
Se formos técnicos – alguns diriam, chatos – o peixe-voador (Exocoetus volitans) deveria se chamar peixe-planador. O peixe-voador é capaz de dar poderosos saltos, um impulso inicial para sair da água para o ar, onde suas longas nadadeiras peitorais agem como uma asa-delta e lhe permitem pequenos “voos” rentes à superfície da água. Nada que se compare às aves, mas, independente do verbo, voar ou planar, é um feito fascinante.
A espécie Exocoetus volitans é membro da família Exocoetidae, que inclui 64 espécies distintas de peixes-voadores, subdivididas em 9 gêneros: Cheilopogon, Cypselurus, Exocoetus, Fodiator, Hirundichthys, Parexocoetus e Prognichthys. Peixes-voadores de todas as espécies são encontrados pelas sete mares, em especial nas águas subtropicais tropicais e quentes.
Também conhecido popularmente como coió, cajaleó, cajaléu, holandês, pirabebe, santo-antônio, voador-cascudo, voador-de-pedra e voador-de-fundo, o E. volitans chega a medir até 25 centímetros de comprimento, com corpo alongado, dorso azul-acinzentado, flancos prateados e ventre claro. As nadadeiras pélvicas são muito curtas, em contraste com as nadadeiras peitorais extremamente desenvolvidas. A nadadeira caudal é bifurcada, com a parte inferior maior para guiar o voo.
A curiosa habilidade do peixe-voador é um mecanismo de defesa natural para escapar de seus predadores: golfinhos, atuns, marlins, pássaros, lulas, e botos. Para o seu próprio sustento, a principal alimentação dos peixes voadores consiste de plâncton.
Para se lançar fora da água, o peixe voador move a cauda até 70 vezes por segundo. Já no ar, abre suas nadadeiras peitorais e as inclina ligeiramente para cima para ganhar altitude. Quando desce, ele dobra as nadadeiras peitorais para voltar a entrar no mar, ou empurra a água com cauda para ganhar altitude e continuar planando, possivelmente, em uma nova direção.
Este peixe-voador é capaz de aumentar o seu tempo de voo ao aproveitar correntes de ar ascendentes e chega a cobrir distâncias de 400 metros, a uma velocidade de mais de 70 km/hora. É um voo rasante, que não supera 6 metros acima da superfície do mar.
A espécie, talvez por sua abundância, não foi avaliada (Not Evaluated) pela Lista Vermelha da IUCN.
Leia também
O imortal condor-dos-andes
Fiquem com o saí-azul
Toninha, o primo discreto
Leia também

Petroleiras aproveitam disputas entre indígenas e ocupam papel de Estado enquanto exploram territórios no Equador
Nos últimos 30 anos, as três empresas que operaram o bloco 10 adotaram estratégias para fragmentar as comunidades e torná-las dependentes de suas atividades. Mas organizações indígenas resistem a essa pressão →

Desmatamento em Unidades de Conservação cai 42,5% em 2024
Número é do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, feito pelo MapBiomas. Em Terras Indígenas, a redução foi de 24% no ano passado, em comparação com 2023 →

Deputado quer colocar parques nacionais de volta à lista de concessões do governo
Decreto legislativo tenta suspender norma que retirou 17 parques e duas florestas nacionais de programa de desestatização. Lençóis Maranhenses e Jericoacoara estão na lista →