A política agrícola brasileira vai bem, graças à política de crédito administrado pelo governo. Em discurso durante lançamento do Plano Safra 2014/2015, a presidente Dilma Rousseff defendeu a ampliação dessa política. Dessa vez, foram destinados R$ 156,1 bilhões – alta de 14,7% sobre os R$ 136 bilhões da safra 2013/14.
“Com esse plano, nós vamos reafirmar o nosso compromisso de assegurar as melhores condições de financiamento. Nós vamos reafirmar o apoio institucional para que a produção agropecuária brasileira permaneça em constante expansão, abastecendo com segurança e preços adequados tanto nosso mercado interno, quanto o mercado externo”, afirmou a presidente.
No discurso, a presidente comparou a evolução da política nos últimos 12 anos e destacou a evolução da política de crédito. “Na safra anterior à chegada do presidente Lula, nós tínhamos colhido 96 milhões e 800 mil toneladas de grãos numa área de 40 milhões e 200 mil hectares. Na safra que nós estamos encerrando, nós iremos colher 191 milhões e 200 mil toneladas, produzidas em 56 milhões e 400 mil hectares. Tamanho crescimento da produtividade só é possível com muita pesquisa, muito trabalho qualificado, muita gestão qualificada, muito investimento, que encontrou nesses 12 anos também o apoio das políticas do governo federal”, afirmou.
Veja o vídeo de apresentação do Plano Safra na íntegra.
Apesar do aumento do valor do plano, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da Confederação Nacional da Agropecuária (CNA), afirmou ao Estadão que esperava um aumento do subsídio. Mas apesar disso, rasgou elogios à presidente, que considera a autoridade que “abriu portas” para o setor. “Desde o primeiro despacho que tive a oportunidade de ter com a presidente Dilma, desde o primeiro instante, a sensibilização, a empatia da presidente com o setor tem nos entusiasmado e nos deixado muito otimistas”, afirmou a senadora.
Leia Também
Dilma pode fazer Kátia Abreu ministra para destravar Código
Gritaria ruralista para rebaixar a lei
De olho no crédito
Leia também
De olho no crédito
Conselho Monetário Nacional aprova decisão que submete todo o crédito rural na Amazônia, tanto de bancos públicos quanto privados, ao cadastro de terras e critérios ambientais. →
COP da Desertificação avança em financiamento, mas não consegue mecanismo contra secas
Reunião não teve acordo por arcabouço global e vinculante de medidas contra secas; participação de indígenas e financiamento bilionário a 80 países vulneráveis a secas foram aprovados →
Refinaria da Petrobras funciona há 40 dias sem licença para operação comercial
Inea diz que usina de processamento de gás natural (UPGN) no antigo Comperj ainda se encontra na fase de pré-operação, diferentemente do que anunciou a empresa →