Fogo cerrado

O governo não brigou muito para obter as licenças ambientais que o impediram de leiloar, no dia 16 de dezembro, a energia que seria produzida por 6 de 13 hidrelétricas que quer ver construídas no ano que vem. Na verdade, Dilma Roussef e sua turma decidiram trocá-las pela construção da hidrelétrica do rio Madeira, no Amazonas. Um gigante que deverá produzir 12 mil megawatts de energia e movimentar muita terra, coisa que sempre embala os sonhos de qualquer empreiteiro. Do ponto de vista ambiental, ela é considerada um desastre e arrancar uma licença do Ibama certamente dará um trabalho do diabo. A chefe da casa Civil de Lula achou melhor não gastar munição com as 6 hidrelétricas, consideradas pequenas, para concentrar fogo na aprovação da obra no Madeira.