Análises
Itatiaia: com a palavra os juristas
De Daniel Di Giorgi ToffoliGeógrafo e Analista Ambiental do IBAMA Com relação à matéria entitulada Itatiaia: com a palavra os juristas. Ouso discordar em algumas partes da matéria. 1) Como não é obrigação legal se é um princípio claramente estabelecido pelo SNUC? 2) Por acaso um princípio prescrito em lei é para não ser cumprido? 3) Será apenas desejo do IBAMA seguir um princípio que rege as unidades de conservação no Brasil? 4) Como regulamentar o uso de propriedades privadas em parques nacionais se as mesmas têm cercas que impedem a passagem de fauna, iluminação noturna, construções irregulares, parcelamentos irregulares (alguns casos), privatização de atrativos, etc, etc. A regulamentação que se propõe é baseado no decreto de parque nacional e/ou SNUC, ou pretende-se incluir no termo de compromisso de populações tradicionais? Ou até seguir o "conceito" de hotel-parque que o Dep. Est. Carlos Minc propõe?Para completar o comentário do ilustre Paulo Bessa. Atualmente o que está sendo feito é um levantamento fundiário e não simplesmente compra de terras. Por fim, apenas um comentário. Por décadas a comunidade ambientalista brasileira usou como exemplo de má eficiência e gestão o fato do primeiro parque nacional do Brasil continuar tendo problemas fundiários que de fato atrapalhariam a gestão do mesmo e principalmente a conservação da biodiversidade existente. Mas me parece que quando o instituto resolve retomar a questão, ela já não é tão importante assim... O que me causa surpresa nas matérias veiculadas sobre Itatiaia (principalmente as do O Globo) é que a questão ambiental e pública é sobreposta pela questão de interesse privado.