Respeitada e mantida a vegetação natural do Cerrado, a baixa umidade do ar de nossa região do (Planalto Central) pode ser amenizada pelo plantio de florestas de plantas exóticas e de crescimento rápido.
Contrário do ar e da vegetação nativa que sofrem com o longo período de estiagem, o que não é visível – o aqüífero permanece de baixo da terra, abastecido, guardado dentro do seu reservatório natural. Ele nos dá prova permanente de sua existência, fazendo emergir nos campos e veredas, caminhos de água.
Relativamente raso, bastante amplo e volumoso, o aqüífero do Planalto permite que raízes de plantas nativas ou não, processem a transferência da água do subsolo para a atmosfera. As folhas, especialmente, as do eucalipto, quando transpiram, e o fazem com freqüência diária, devolvem ao ar, o que foi pego emprestado, por suas raízes. Elevam assim, a níveis suportáveis, a tão baixa e conhecida umidade relativa do ar do Planalto.
O eucalipto, contrário do que é propagado ao vento, especialmente onde existiu o ecossistema do Cerrado, em terras degradadas e exauridas que, absolutamente não são poucas, tem nos provado, ao longo do plantio de novas florestas, ser um excelente agente transportador e transformador da água, em vapor atmosférico e que, nas terras altas ajuda muito na formação de nuvens.
A floresta de eucalipto sombreia a terra e evita a propagação da praga do capim exótico e invasor. Ela faz baixar a temperatura em + ou – 2°C, o que, hoje, em tempos de aquecimento global é muito bom. Ela estimula o surgimento de um micro ciclo hidrológico benéfico a toda região.
A floresta de eucalipto além de abrigar abelhas melíferas, faz conexão entre capões de reservas legais protegendo grande parcela da fauna ameaçada de extinção. É uma cultura que, além de seqüestrar moléculas de carbono, transforma-as em celulose e em energia verde. Evita a pressão antrópica sobre vegetação nativa que, historicamente, tem sido impiedosamente, abatida para virar carvão. Carvão esse, de baixo aproveitamento calorífico.
O eucalipto é uma planta de crescimento rápido, pouco exigente, tem valor de mercado e nos dá três cortes a cada 7 anos.
A nobre planta adaptada às condições do Planalto, ao usar a força natural que transforma da luz o sol em energia, interage com a atmosfera do Cerrado captando, distribuindo e transformado água do subsolo, antes indisponível, numa região que, metade do ano apresenta-se com clima desértico, em um oásis de esperança e de qualidade de vida.
Plantamos eucalipto da mesma forma que recuperamos áreas nativas, remanescentes do que, outrora, era conhecido como Cerrado. E mais, depois de anos de pesquisa, obtivemos licença ambiental para aplicação do adubo natural orgânico em forma de lodo, (fornecido pela estação de tratamento e beneficiamento de esgoto para aplicação em silvicultura, aqui e no Distrito Federal).
Quando o MST ameaça arrasar plantações de eucalipto é bom para a opinião pública, independentemente de sua posição político-ideológica, ficar consciente de que, ele (MST) está destruindo muito mais do que uma fotografia pode mostrar.
Leia também
Instituto mira na proteção do Cerrado, um dos biomas mais ameaçados do país
Universidades e centros de pesquisa querem integrar ciência e políticas para impulsionar conservação e desenvolvimento →
#esselivroéobicho
Poucos são os livros informativos que apresentam às crianças – com arte, ciência e estética – a diversidade da #faunabrasileira →
Resex do Marajó alia tecnologia à conservação para proteger biodiversidade
Iniciativa da IUCN e empresa chinesa monitora indicadores das mudanças climáticas na Resexmar de Soure, para melhorar adaptação local à crise do clima →






