Clique para ampliar |
Uma equipe de cientistas que obteve núcleos de sedimentos depositados fora da costa da Antártica publicou um trabalho que conclui que, durante o Eoceno (53 milhões de anos atrás), as temperaturas durante o inverno estavam acima de 10°C e no verão superavam os 20°C.
Esse clima ameno possibilitava que palmeiras, faias e araucárias crescessem no continente. Ele foi consequência de concentrações de CO2 atmosférico da ordem de 600 ppm (partes por milhão). As emissões atuais resultantes do desmatamento, agricultura e queima de combustíveis fósseis já nos fizeram a atingir 390 ppm.
Segundo David Bendle, um dos cientistas que realizou a pesquisa, a conclusão do estudo é “quanto mais informações obtemos, mais parece que os modelos que estamos usando não superestimam a mudança [climática] ao longo dos próximos séculos, e que eles podem estar subestimando-a. Essa é a mensagem essencial”.
Autor deste blog, Fabio Olmos é biólogo e doutor em zoologia. Tem um pendor pela ornitologia e gosto pela relação entre ecologia, economia e antropologia. |
Leia também
COP16 encerra com avanços políticos e sem financiamento para conservação
Atrasos complicam a proteção urgente da biodiversidade mundial, enquanto entidades apontam influência excessiva do setor privado →
Fungos querem um lugar ao sol nas decisões da COP16
Ongs e cientistas alertam que a grande maioria das regiões mundiais mais importantes para conservá-los não tem proteção →
Parque Nacional do Iguaçu inaugura trilha inédita
Trilha Ytepopo possui um percurso de 5 km que segue caminho às margens do Rio Iguaçu e poderá ser feita pelos visitantes do parque →