Recentemente assisti no cinema ao filme “Rondon”, de Marcelo Santiago, que conta a trajetória do Marechal Cândido Rondon, épico desbravador, líder militar e um grande idealista brasileiro que lutou pela convivência pacífica entre os povos indígenas e o homem branco durante a ocupação da Amazônia, no início do século passado.
Rondon foi um dos poucos militares na história a serem indicados para o Prêmio Nobel da Paz, na edição de 1957.
Entre os feitos de Marechal Rondon, vale destacar a épica expedição organizada por ele, em 1914, que levou o ex-presidente norte-americano Theodore Roosevelt para conhecer a floresta amazônica. Para Roosevelt, a expedição foi um fracasso: sofrendo por falta de alimentos, ataques de mosquito e após quase morrer de malária, ele decidiu abandonar a expedição.
Para o Brasil, pode se dizer que a missão foi um sucesso. Roosevelt acumulou enorme conhecimento, respeito e admiração pela Amazônia e abriu inúmeras frentes de cooperação para a conservação de florestas e defesa dos povos indígenas.
Passado mais de um século desde a expedição de Roosevelt, chega ao poder Donald Trump, magnata do ramo imobiliário, empresário de sucesso e com um tremendo gosto pela autopromoção. Mais: desde sua posse, tem feito de tudo para provar que não está nem aí para o meio ambiente ou para as mudanças climáticas.
Na última semana, Trump se superou. Apesar da reprovação de grande parte do Congresso, governos estaduais e até mesmo empresas, o mandatário virou as costas para o mundo e anunciou oficialmente a retirada dos Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris, aprovado por representantes de 195 países na COP 21, em dezembro de 2015 e substituto do Protocolo de Quioto (Japão).
Sem a participação dos Estados Unidos, todos os outros países vão ter que trabalhar dobrado para atingir o objetivo de manter o aquecimento global abaixo dos 2 graus – limite que coloca o clima em rota de colapso.
A responsabilidade de salvar o planeta cai redobrada em todos os outros signatários do Acordo. Provavelmente, alguns países seguirão os americanos. A grande maioria anunciou que fica. Veremos o surgimento de novos líderes na construção de um atualizado modelo de desenvolvimento com baixas emissões de carbono.
O Brasil fez a sua escolha. A despeito do caos político e econômico que estamos enfrentando, nos últimos anos, o Brasil deu um exemplo ao mundo ao combater as mudanças climáticas.
Entre 2006 e 2015 reduzimos o desmatamento da Amazônia em mais de 80% e evitamos a emissão de mais de 5 bilhões de toneladas de CO2 para a atmosfera. Esse foi o maior resultado alcançado por um país signatário da Organização das Nações Unidas no combate ao aquecimento global.
No entanto, o desmatamento voltou a crescer nos dois últimos anos (24%, em 2015 e 29%, em 2016) e veio combinado com uma grave crise econômica — o PIB da região amazônica despencou muito além da média nacional (-3,8%), com extremos como Amazonas (-9,1%), Amapá (-6,2%) e Tocantins (-5,2%).
Refletindo a fragilização da economia, o orçamento do Ministério do Meio Ambiente sofreu um corte de 43% em relação ao ano passado.
Então, de onde sairão os recursos para sustentar a conservação de nossas florestas?
A esperança para retomar a agenda de conservação tem que vir de apoio internacional, por exemplo, via mecanismo de Reduções de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), que propõe compensar os esforços de países como o Brasil por prestar um enorme serviço ambiental para o mundo – e isso é um ótimo negócio para o País, uma vez que pode gerar receitas de até U$ 70 bilhões até 2030.
Volto no meu imaginário à histórica expedição de Ted Roosevelt à Amazônia: o que aconteceria se convidássemos Donald Trump para uma expedição ao coração de nossa floresta?
Será que ele toparia? Serviria a viagem para agregar conhecimentos sobre o valor das florestas tropicais e a importância do equilíbrio climático? Surgiria daí a motivação para o indispensável comprometimento da maior economia do mundo no combate ao aquecimento global? Doce ilusão.
O mais provável é que Trump declinasse do convite, afinal, o meio ambiente e o futuro da humanidade parecem não fazer parte da agenda de prioridades do presidente amante do petróleo. Tudo indica, infelizmente, o contrário.
A Amazônia é nossa e estamos fazendo a nossa parte. Assumimos essa responsabilidade. E os Estados Unidos de Trump, assumirão a responsabilidade que lhes cabe como líderes globais?
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Isso sem contar a censura politicamente correta. Um pena mesmo a militancia cada vez mais evidente, ppmente em tempos em que a imprensa é vista como não confiável e tendenciosa. Cabe destacar que o B rasil não possui condição de nenhum protagonismo, haja visto o sistematico desmonte das políticas ambientais, do código florestal e o descoberto pela Lava jato.
Creio que esta histeria com o Trump e a questão climática não levam a lugar nenhum, mas comprometem a percepção do distinto publico sobre o que é ou não relevante ambientalmente. Dica de leitura: WHY SCIENTISTS DISAGREE ABOUT GLOBAL WARMING – Craig Idso, Robert M. Carter (1942-2016), S. Fred Singer publicado em 2015. Disponivel em pdf < https://www.heartland.org/publications-resources/… >
Esse site sempre foi muito bom, mas já ta cansando ver notícias com os ideais e papos com tendências esquerdistas (Trump malvadão, nazista, facista, taxista…). TAmbém não concordo com algumas coisas que ele faz, mas se nota um discurso cheio de 'ressentimentos' e ódio contra tudo o que ele faz…Sejam mais imparciais por favor e parem de adotar o discurso da mídia global…convidem seus leitores à reflexão, não à doutrinação.
Complicada esta percepção. Uma coisa é o clima do planeta, outra coisa é a questão climática aparelhada pela esquerda, pela ONU e demais interesses globalistas e uma terceira seria o "protagonismo do Brasil".
O que têm ficado cada vez mais claro para o grande público é que o clima possui tantas variáveis que a interferencia antrópica pode não ter a dimensão que o catastrofismo do aquecimento global advoga e simplesmente pode não ser real. Soma-se a isso a infinidade de cientistas e especialistas que têm saído do armario ou tomado coragem para se expor (vide exemplo em https://goo.gl/2RmOel ), já que o patrulhamento ideologico têm se retraído nos EUA graças ao Trump, com reflexos nos demais paises, ppmente após o suspeitissimo contexto denunciado pelo wikileaks, da malandragem do OBAMA e ONU, onde deram uma jeito de aprovar o acordo de Paris sem a participação do congresso, como é próprio das tiranias de esquerda quando não têm as insituições na coleira.
Com razão, se questiona se o volume de recursos para uma suposta diminuição de 0,05º C em 100 anos não significa muito mais a transferencia de recursos para um projeto que ignora as mazelas sociais e ambientais atuais sem controversias e evidentes, para ações geopoliticas para a destruição das soberanias nacionais, em consonancia com interesses de grandes corporações, blocos economicos como a UE, patrocinados pelo guardachuva da ONU, que se propoe a um govenro mundial.
Neste sentido, e sem recursos, qual seria o protagonismo do Brasil que se notabilizou por privilegiar empreiteiras para financiar projetos politicos hegemonicos, que optou por retirar recursos do BNDS para criar um mostro como a JBS e ainda destruir o MMA, detonar o código florestal, conduzir de forma ameaçadora o código minerário entr eoutros, ante o silencio ideológico partidário da imprensa, do comercio, da indfustriua, do agronegócio, de ONGs e governos nas demais esferas….
Por isso é que quando a galkera fecha os olhos para os numeros da China e India por exemplo, a demoinização do Trump parece apenas militancia politicamente correta e nada mais… Precisamos mais do que isso…