A farra da anistia
Há uma semana, Brasil aprovou lei que anistia desmatadores e restringe papel da fiscalização ambiental. Na reta final de Copenhague ambientalistas cobram coerência. →
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com 15 anos de experiência na área de comunicação socioambiental. Alumni do Wolfson College, da Universidade de Cambridge (Reino Unido), onde participou do Press Fellowship Programme (2009) com o artigo "Comunicação ambiental no arco do desmatamento". Vencedora do Earth Journalism Awards (2009) em três categorias internacionais, do Prêmio de Reportagem sobre a Mata Atlântica (2011), do Prêmio Pedro Rocha Jucá (2013) e do Prêmio Embrapa de Reportagem (2014). É membro da organização indigenista Operação Amazônia Nativa (OPAN) desde 2013, tendo coordenado o setor de comunicação e, desde 2016, o Programa de Direitos Indígenas, Política Indigenista e Informação à Sociedade.
Há uma semana, Brasil aprovou lei que anistia desmatadores e restringe papel da fiscalização ambiental. Na reta final de Copenhague ambientalistas cobram coerência. →
Faltam menos de 48 horas para o fim da Conferência do Clima, e os anfitriões do encontro conseguem criar clima de desconfiança entre delegações pela segunda vez. →
Considerado até então o tema que mais havia avançado na Convenção do Clima, a redução de emissões por desmatamento ficou enfraquecida com indecisão de negociadores. →
Negociadores reunidos em Copenhague seguem discutindo neste sábado o rascunho da proposta sobre mecanismos de redução de emissões por desmatamento e degradação florestal (REDD) nos países em desenvolvimento. A versão finalizada na noite de sexta-feira está neste momento com menos colchetes, o que indica avanços nas negociações. Mas ainda traz indefinições sobre se a redução de emissões deve ocorrer até 2030, e se os mecanismos de REDD estarão sujeitos a um financiamento seguro e de longo prazo. Além disso, existe um debate se os projetos para a diminuição das emissões devem ser nacionais ou regionais. Algumas questões, como a necessidade ou não de se estabelecer uma meta global para o desmatamento, continuam sem resposta. Também não foi mencionado de quanto será o recurso disponivel para este setor, nem de onde virá. Ainda não se sabe se o REDD será considerado parte dos chamados NAMAS, sigla para os planos de ação nacionais de mitigação de emissões, algo que o Brasil defende. Tampouco está claro se os projetos de REDD estarão sujeitos à verificacao de seu cumprimento pela ONU. →
O mecanismo REDD aparece no rascunho do acordo de Copenhague liberado no final da primeira semana de negociações. Sem queda generalizada no desmate, planeta esquentará mais de 2ºC. →
Considerado referência entre países tropicais para pagamento por redução de desmate, Brasil se depara na Conferência do Clima com estudo sobre fragilidades de sua governança florestal. →
Conselheiro de Obama para mudanças climáticas chega a Copenhague e endurece o discurso com países em desenvolvimento. Para Brasil, sem financiamento dos países ricos, não tem acordo. →
Documento do governo dinamarquês é revelado e bagunça as negociações do clima. Grupo de países em desenvolvimento reclama de conspiração dos ricos, mas diz que permanece na negociação. →
A Organização Meteorológica Internacional adianta dados para influenciar negociações do clima. Na África e Ásia recordes de calor são alcançados, mas os EUA e o Canadá esfriaram. →
Autoridades dinamarquesas confiam no sucesso das negociações climáticas no primeiro dia da COP15, mas diversos negociadores pensam que novo acordo só será fechado em mais dois anos. →