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5 de setembro de 2006

Desempenho dos estados

O Mato Grosso continua sendo o estado campeão em desmatamento, responsável por 55% de toda a floresta que sumiu no último ano na Amazônia. Ainda assim, a quantidade de mata derrubada em seu território caiu em 34% em relação ao período anterior. O segundo na lista é o Pará, o que preocupa o governo. Lá, o desmate aumentou em 50% em relação ao ano de 2005. Houve também uma alta de 53% no Amazonas.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Operação Daniel

A Polícia Federal deflagrou a 13ª operação em colaboração com o Ibama para repressão de crimes ambientais. Desta vez os estados alvos foram Rondônia e Mato Grosso. O objetivo era desarticular uma quadrilha formada por madeireiros, advogados, contadores e servidores do Ibama que atuavam em diversos municípios rondonienses e retiravam madeira ilegal de terras indígenas e unidades de conservação para serem vendidas a Santa Catarina. Policiais rodoviários federais de Rondonópolis (MT) colaboravam com a quadrilha e não faziam a fiscalização nas estradas.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Origem do nome

As investigações começaram em março deste ano, a partir de denúncias de um servidor recém concursado do Ibama, assediado e ameaçado de morte por companheiros de trabalho para que colaborasse com o antigo esquema de corrupção. O diretor da Polícia Federal Zulamar Pimentel comparou a coragem do analista ao jovem Daniel, que em passagem bíblica é jogado na cova dos leões, mas nada sofre por ter resistido a tentações. O Ibama informou que o servidor que delatou os crimes será removido para outro estado.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Como aconteciam os crimes

Com autorização do Ibama e da PF, o analista simulou conivência com a quadrilha e recebeu mais de 20 mil reais para sumir com a primeira via das ATPFs. Os servidores públicos envolvidos liberavam as autorizações para empresas “laranjas”, que preenchiam as ATPFs com informações falsas sobre o volume de madeira transportado. Cada papel era comercializado por valores entre quatro e cinco mil reais.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Decepção

As águas brasileiras não são tão prósperas em termos de vida marinha quanto se pensava. Por causa da baixa concentração de nutrientes em boa parte dos 3,5 milhões de quilômetros quadrados que compõem a nossa Zona Econômica Exclusiva (ZEE), este mar é pobre em termos de biomassa. Em outras palavras, não há por aqui recursos pesqueiros significativos. Essa é a conclusão do relatório executivo do Revizee (Programa de Avaliação do Potencial Sustentável de Recursos Vivos da ZEE), divulgado nesta segunda-feira no encerramento do programa. “Em pesquisas grandes como esta, alguns mitos também são quebrados”, disse a ministra Marina Silva na cerimônia em que foi lançado o documento.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Jeitinho

Somada a essa escassez de recursos há o fato de que boa parte das espécies pescadas hoje está em condição de sobre explotação (quando a extração ocorre numa velocidade superior à capacidade da espécie manter seu equilíbrio) ou no limite de explotação. Segundo Rômulo Melo, diretor de fauna e recursos pesqueiros do Ibama, para aumentar a produção o jeito vai ser recorrer à piscicultura. Para Marina Silva também será preciso criar Unidades de Conservação marinhas, seja de proteção integral ou de uso sustentável.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Esforço

Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, mas com participação de diversos órgãos do governo e da Marinha, o Revizee durou dez anos e envolveu 300 pesquisadores de 60 universidades. Inventariou as espécies do litoral brasileiro e determinou sua biomassa, além de indicar o potencial de exploração sustentável da ZEE. O programa é considerado o principal esforço nesse sentido já realizado no país. No mesmo dia em que foi encerrado, anunciou-se a criação do seu substituto, o Revimar (Programa de Avaliação do Potencial Sustentável e Monitoramento dos Recursos Vivos Marinhos na ZEE), que fará o monitoramento dos recursos.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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4 de setembro de 2006

Guerra por esgoto

A Prefeitura de São Paulo recorreu ao Ministério Público Estadual (MPE) para encontrar uma forma de impedir que municípios da região metropolitana joguem esgoto sem tratamento nos córregos que desembocam nos rios Tietê e Pinheiros. Desde janeiro, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), negocia uma forma de solucionar o problema com todos os municípios da bacia do Tietê. A estatal cobra R$ 0,62 por litro de esgoto tratado em qualquer uma das cinco estações. O valor, considerado alto pela maioria dos prefeitos, juntamente com o dinheiro gasto em obras de ligação entre a rede coletora da cidade e a estação, é o principal entrave na negociação. A taxa poderá acabar no bolso dos moradores das cidades que estão de fora do sistema da estatal. A notícia saiu em O Estado de São Paulo.

Por Carolina Elia
4 de setembro de 2006
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1 de setembro de 2006

Pelo retrovisor

O Brasil vai de vento em popa na contramão dos esforços para combater a mudança climática. Seguindo a orientação do presidente Bush, pretende carbonizar um pouco mais nossa matriz energética. Quer aumentar de 2% para 5% a participação do carvão, que como se sabe é a pior fonte de energia possível. Esse é um objetivo estratégico do Ministério da Ciência e Tecnologia, que liberou R$ 3,5 milhões do seu, do nosso dinheiro, para estimular pesquisas que permitam atingir essa extraordinária meta de regresso energético. Taí um governo que olha para o futuro só pelo espelho retrovisor. Anda sonhando com o dia em que chegaremos à revolução industrial.

Por Carolina Elia
1 de setembro de 2006
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31 de agosto de 2006

Prévia

Todo mês o Inpe divulga o tamanho do desmatamento detectado na Amazônia pelo Deter, o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real usado como indicador do nível de destruição da floresta. A turma do Greenpeace somou todos os dados de agosto de 2005 e julho de 2006 e calculou que 13.973 Km2 de mata amazônica foram destruídos nos últimos 12 meses. Se a matemática estiver certa, a taxa de desmatamento na Amazônia aumentou em 8,4% no último ano. O Inpe informou que na terça-feira, dia 5, divulgará o número oficial.

Por Carolina Elia
31 de agosto de 2006