Notícias
13 de janeiro de 2005

Corrida ao biodiesel

Os estados estão se mexendo para atender à demanda por biodiesel em 2005. O Governo do Pará anunciou seu interesse em expandir o cultivo do dendê, que hoje já representa 75% da produção nacional. Enquanto isso, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) garante que seu biodiesel, que usará mamona como matéria-prima, será o mais barato do país. A competição se explica: partir deste ano é permitido adicionar 2% de óleo vegetal à produção de óleo diesel. Resta acompanhar sobre que áreas vão se expandir essas novas fronteiras agrícolas.

Por Lorenzo Aldé
13 de janeiro de 2005
Notícias
11 de janeiro de 2005

Conservação incentivada

Vinte e seis projetos de 11 estados receberam sinal verde da Fundação O Boticário para implementar, a partir deste ano, estudos e ações para a conservação ambiental. Destacam-se propostas de mapeamento científico de espécies da fauna em diversos ecossistemas. Os morcegos são objeto de dois projetos aprovados, um no Parque Nacional da Serra da Bodoquena (MS) e outro no agreste pernambucano. Ariranhas pantaneiras, peixes recifais no Espírito Santo, lagartos das restingas fluminenses, sagüis amazônicos, preás catarinenses, onça pintada e tuco-tuco (foto) gaúchos também ganharão estudos para sua conservação nos habitats específicos, entre outros bichos. Na parte de flora, integram a lista os ameaçados jacarandá da Bahia e araucária do Paraná, ao lado dos igarapés na Amazônia e coisas pouco conhecidas do público, como as algas calcárias (rodolitos). Haverá ainda, com um representante cada, projetos de controle de espécies invasoras (bagre africano introduzido em Paranaguá), manejo de unidade de conservação (Chaco pantaneiro) e recuperação ambiental de bacia hidrográfica (Rio Pacuí, em Minas). Ao todo, o Programa de Incentivo à Conservação da Natureza vai investir 488 mil reais nos 26 projetos, selecionados entre 224 inscritos. Desde 1990, a Fundação O Boticário já financiou 915 projetos ambientais. Veja a lista dos projetos aprovados.

Por Lorenzo Aldé
11 de janeiro de 2005
Análises
11 de janeiro de 2005

Morcegos

De William Henrique StutzPresidente AAMLPrezados Senhores,Foi com satisfação que conhecemos o sítio de | O Eco |. Escrevemos para parabenizá-los e aproveitar para nos apresentar.Nossa "Ação Ambiental Morcego Livre" AAML (Projeto Morcego Livre), ONG ambiental com sede em Uberlândia - MG, tem por objetivo principal a preservação, defesa e desmistificação de nossos morcegos através de ações de educação ambiental e intervenção direta em situações de ameaça aos morcegos.A divulgação da importância dos morcegos para o ecossistema, para a recomposição e manutenção de TODOS nossos biomas através da polinização e dispersão de sementes, na agricultura (a ingestão de toneladas de insetos por noite reduz substancialmente o uso de venenos agrícolas), enfim, para a vida do planeta são os princípios básicos que regem nossa organização.Ficaríamos honrados se pudessem vistar nosso sítio. O endereço é http://www.morcegolivre.vet.br. No aguardo de futuros contatos, nos despedimos atenciosamente

Por Lorenzo Aldé
11 de janeiro de 2005
Reportagens
7 de janeiro de 2005

O amianto é nosso

Amianto branco foi abolido em toda a Europa, mas no Brasil a indústria do setor consegue barrar leis que tentam proibi-lo. Solução pode vir do próprio mercado.

Por Lorenzo Aldé
7 de janeiro de 2005
Reportagens
3 de janeiro de 2005

Acordo pela metade

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) aceita indenização da BAESA e desiste de lutar contra desmatamento em Barra Grande. Ações na Justiça continuam.

Por Lorenzo Aldé
3 de janeiro de 2005
Reportagens
23 de dezembro de 2004

Esforço inútil

Fracassou a reunião promovida pelo TRF em Porto Alegre com ambientalistas, empreiteiras e governo para discutir uma saída para a hidrelétrica de Barra Grande.

Por Lorenzo Aldé
23 de dezembro de 2004
Análises
21 de dezembro de 2004

Hidrelétrica em Corupá – II

De Ney Emilio ClivatiA Marcos Sá CorrêaEditor do O EcoCaro Senhor, meu nome é Ney Emilio Clivati, eng. Civil, gerente e sócio da empresa Corupá Energia Ltda, empresa formada especificamente para estudar os aproveitamentos energéticos da região de Corupá.Temos a empresa atuando na região desde o ano de 2.000, com estudos de toda região.Inicialmente fizemos o inventário de toda a bacia do Rio Novo e seus afluentes, com ênfase nos potenciais hidráulicos.Este inventario foi aprovado pela Aneel. E está a disposição de toda a população para consulta, e serve de fonte de informação para todos interessados.Após o inventario foi iniciado o projeto básico do aproveitamento conhecido como PCH Bruaca.Este projeto básico (que ainda não é um projeto executivo) depende de uma serie de formalidades burocráticas, que são determinadas pelo Ministério das Minas e Energia e pela Aneel.Dentre destas formalidades está o estudo hidrológico da bacia, fizemos então o levantamento da hidrologia da região desde 1.929, para obtenção das vazões máximas, mínimas e medias. Estes dados estão disponíveis na Aneel, mas para facilitar estou apresentando a planilha de vazões mensais da bacia do rio Novo.É fácil comprovar que a vazão media é de 38,51 metros cúbicos por segundo, que a vazão máxima é de 194,70 m3/s. e que a mínima é de 2,50 m3/ s. Estas vazões são inconstantes porque a bacia de contribuição é muito pequena.Temos portanto uma vazão media de 38,51 m3/segundo para uma bacia de 169 km2 (ver tabela), como a bacia de contribuição do afluente Bruaca é de 80 km2, basta dividir por dois para que tenhamos a media mensal de vazão do rio. Numero este de 19,26 m3/s. Fiz todos estes cálculos para concluir da seguinte maneira. Temos de engolimento pela PCH a media de 2,50 m3/s, para gerar um total médio de 8500 KW, o que representa um porcentual de 13% da vazão media do rio. Ou seja, a cachoeira da Bruaca será diminuída em media 13% do seu volume de água, e não 17% como afirmastes em artigo publicado em jornal local.O fato de ser uma ninharia para tanta cachoeira é justamente porque a vazão de engolimento tem que ser pequena para que a cachoeira continue com sua beleza, não considero uma ofensa dizeres que 15.000.000,00 (quinze milhões de watts) de potencia instalada sejam uma ninharia, sou um defensor de pequenas centrais hidreletricas, cujo impacto ambiental é muito menor que as grandes centrais. É lógico que quanto maior a capacidade de geração, maior o lago, maior o impacto. A busca pelo ponto ideal de geração e impacto ambiental é uma discussão interminável.Continuando.Escreveste que nós vamos desmatar 3.000 metros quadrados da montanha.Este dado é totalmente irreal, nós não vamos desmatar nenhuma parte da montanha, mesmo porque a obra será executada com um túnel adutor que será embocado na cota 790 e desembocará na cota 280 acima do nível do mar. O que vamos sim fazer é criar uma barragem de 6,00 (seis) metros de altura, mais ou menos a altura de um sobrado, para que a água (2,50 m3/s) possa ser desviada por meio de um túnel até a cota 280. Esta barragem vai alagar o equivalente a 0,45 hectares, ou seja 4.500 metros quadrados, o que representa a metade de um campo de futebol, que tem em media 75,00 por 110,00 metros.A área a ser alagada sofreu influencia antrópica e está em recuperação. Vamos reflorestar com mata nativa o seu entorno legal, melhorando o meio ambiente da região.A montanha não sofrerá nenhum tipo de agressão, mesmo porque uma das características dos túneis é ficarem em baixo da terra. Ou seja, quem passar pelos locais de interferência não verá nada, não saberá nem que o túnel existe. E a mata atlântica não terá nenhuma arvore arrancada nas encostas da Serra do Mar.Cravará em suas costas 2.280 metros de tubulações com 3,3 metros de circunferência, removendo para isso 24 mil metros cúbicos de basalto em encostas intatas.De onde o senhor tirou tal dedução eu não sei, acho que foi de uma entrevista que eu dei para o jornal Absoluto. Acho que o senhor interpretou mal o que foi escrito pelo jornalista.Mas posso afirmar o seguinte.Não haverá nenhuma tubulação cravada nas costas, mesmo porque como expliquei acima, o processo construtivo é em forma de túnel, que passará por debaixo da mata atlântica, saindo de uma região 02 quilômetros a montante da cachoeira, região esta já totalmente devastada e agora em fase de recuperação. E não por cima, as encostas permanecerão virgens e exatamente como estão agora. O desemboque se dará numa plantação de bananas, que o senhor pode comprovar sobem até a cota 500 metros acima do nível do mar.Também não removeremos basalto das encostas. Mesmo porque é impossível remover basalto de uma região em que ele não existe, teríamos que nos deslocar mais de 400 km para o interior do Estado (onde existem) para remover basalto (proveniente sempre de errupções), a rocha que será removida é granito rosa, formação Campo Alegre.Esta remoção de rocha é proveniente da escavação do túnel, e não será das encostas, se tivéssemos que remover ou que mexer nas encostas, com certeza o projeto seria abortado.Afirmo: se tivermos que mexer nas encostas, nós da Corupá Energia abortaremos todo o projeto. O principio básico deste projeto foi o de que não mexeríamos em nenhuma arvore ou relevo da Serra do Mar. Por isto a opção pelo túnel, que representa o maior porcentual de gastos para nós. Seria mais barato cravar uma tubulação nas costas da Serra do Mar, mas a opção foi pela solução de menor impacto.Fará uma barragem de seis metros de altura, inundando 4,5 hectares do planalto. E rasgará uma ferida difícil de cicatrizar num parque natural de 100 hectares, que aliás está a seu lado quase por milagre.A barragem não inundará 4,5 h a e sim 0,45 h a . Pode ser erro de digitação, mas para a comunidade isto representa o céu e o inferno. O parque só está ao seu lado porque a região é inacessível para seres humanos até pouco tempo, e não foi possível para os madeireiros e bananeiros retirar as arvores e plantar depois suas bananas.Não entendo que ferida é está que abriremos, estava o senhor se referindo ao túnel?Ou estava dubiamente alegando que abriremos um rasgo no meio do parque ecológico?Esta dupla interpretação só vem em prejuízo da discussão dos reais impactos do empreendimento. Criando expectativas negativas a nossa pessoa e ao nosso trabalho, colocando na vala comum de aproveitadores, pessoas que trabalharam durante 4 anos em um projeto sério e honesto e que visa o desenvolvimento sustentado da região.O Parque Ecológico receberá o retorno ambiental da usina e poderá livremente decidir o que fazer com este retorno. Poderá implementar políticas ambientais na área do parque, poderá trabalhar para que os bananicultores preservem o que ainda resta da mata, fazendo trabalhos de conscientização para que preservem o ainda existente e não expandam mais suas atividades.Poderíamos não direcionar este retorno para um parque já existente, e criarmos a nossa própria reserva ambiental. Aí poderíamos fazer uma serie de folhetos de propaganda dizendo que nós estamos trabalhando em conjunto com a natureza, etc e tal. Mas será que é isto que interessa para a municipalidade? Ou interessa que as pessoas e empresas trabalhem em harmonia, sem estrelismo, fazendo o melhor que tem que ser feito.O terreno pertence à Batistella. Ou seja, a uma madeireiraQuem divulgou que o terreno pertence a Battistella estava equivocado. Os terrenos que serão implantados a PCH pertencem a vários proprietários, mas nenhuma fatia por mínima que seja pertence à Mobasa. O Parque, este sim é da Mobasa, e que cedeu em regime de comodato para a Pref.Municipal de Corupá, que cedeu a administração para uma ONG, que administra todo parque, inclusive a visitação.Não sei qual a intenção de dizer o que foi dito acima. Ficou novamente dúbio. Parece que a usina está em terras da Batistella, quando na realidade está fora do Parque. Para confundir talvez?Reconhecemos o valor do Parque, e por isto mesmo direcionamos o retorno ambiental para ele. Para que possa melhorar, trazer mais turistas, ter cursos de meio ambiente, que possa ser autônomo, sem depender de prefeitura ou de empresas privadas. Gostaríamos de ver o Parque como exemplo de turismo internacional. Trazendo não só 90 alemães por ano, mas sim um número suficientemente grande para viabilizá-lo economicamente o ano todo.Mas, de três meses para cá, quem anda muito por ali dentro é a vanguarda dos engenheiros, sondando com instrumentos de medição o caminho para a obra.Fazem 03 anos que a topografia foi concluída, fazem 12 meses que a arqueologia foi feita, também 12 meses que o inventario florístico foi completado. Não realizamos trabalho de campo nenhum nestes três últimos meses que exigiu retirada de vegetação. Se alguém está sondando e medindo não somos nós. O que fizemos nestes últimos meses foi verificar os marcos de GPS, que não implicam em abertura de nenhuma vala ou clareiraO bom é que a região passará a ter reserva técnica para situações de blecaute”,Esta afirmação nunca foi dita por mim, mesmo porque eu como técnico sei que a energia vai para o sistema como um todo, sendo impossível determinar se servirá para impedir blecautes na região.Corupá bem que mereceria ser tratada com mais respeito.Com isto o senhor determinou que nós estamos tratando Corupá com desrespeito, criado um sentimento de aversão a qualquer ato de nossa parte. Nós somos os bandidos que estamos devastando, desrespeitando toda a comunidade, desrespeitando o cidadão que planta sua banana até a cota 500 acima do nível do mar. Desrespeitando o Conama, a Fatma, a Aneel, o Ministério das Minas e Energia, os fiscais da Fatma, a câmara de vereadores, o poder publico (que é favorável), o Consorcio Quiriri. Os arqueólogos que trabalharam no local, os geólogos, os engenheiros florestais, os biólogos da ictiologia, os biólogos da fauna, flora, enfim nós que trabalhamos no projeto, fazendo o maior levantamento de dados que aquela região já teve, estamos desrespeitando Corupá.Corupá merece mais respeito.A Corupá energia é o ente do mal e eu sou o salvador. É isto?Neufluss é Rio Novo, matriz da primeira hidrelética que funcionou no município.Sim é isto que queremos resgatar, o conceito que Corupá tem um perfil topográfico que possibilita aproveitar ecologicamente seus recursos. Trazendo benefícios para toda população.E pôs uma usina doméstica sob a queda d’água, para alimentar o bar com eletricidadeO que o cidadão fez nada mais é do que uma micro usina, que não depende de outorga da Aneel, se ela fosse um pouco maior ele cairia no mesmo caso que o nosso. Quer dizer o cidadão é um exemplo a ser seguido. Abrir em cada cachoeira de Corupá uma micro usina para visitação. Enquanto isto nós estamos desrespeitando Corupá.Mas para isso não há incentivos fiscais nem dinheiro fácil do governo brasileiro. Ou seja, para gente como Faust não é muito difícil achar um programa tipo PCH que se pudesse traduzir como “Pequeno Centro do Habitat”, para transformar em negócio a conservação da natureza brasileiraDinheiro fácil? ..................................................Onde?Será que estou no mesmo país em que lia as colunas do senhor na Veja, ou estou delirando?Juros de 17,25% com todas as garantias reais, mais TJLP, sendo que o órgão repassador ficará com 2%, e os riscos de projeto tem que ser bancados pelos investidores.Gostaria de saber onde existe este dinheiro fácil, esta informação, acho que está restrita ao eixo Rio – São Paulo, porque aqui no pequeno mundo esta informação ainda não chegou.Qual incentivo fiscal? Por favor preciso desta informação para que eu possa usá-la, já que todos os custos são nossos, pessoais, declarados em imposto renda.Qual incentivo fiscal? Estou tentando lembrar. Será que é o incentivo para que nós façamos todo inventario e projeto básico sem ter nenhuma garantia real de que seremos nós que faremos a obra, e nem seremos ressarcidos dos custos de levantamentos e estudos, sendo que ainda estes dados estarão disponíveis para toda comunidade.Será que é incentivo para que nós cadastremos toda fauna, flora, arqueologia, hidrologia, interferência antrópica, interferência econômica, e ainda tornemos isto publico, sem ter nada em troca?Ou será que o senhor está se referindo ao preço da energia que será comercializada?Na Europa, as PCHs recebem o chamado selo verde, sendo que em caso de excesso de geração, desliga-se primeiro as térmicas para depois desligar as PCHs, porisso tem preços diferenciados, mesmo porque não conseguem competir com as hidrelétricas maiores. Entendi pelo seu artigo que o choque de desenvolvimento é a propriedade do senhor Evald, com sua micro usina e com seu turismo ecológico.Não quero acreditar que é isto que o senhor pensa de modelo de desenvolvimento para o Brasil, não pode ser que tão conceituado articulista tenha em mente que o melhor para a região de Corupá é a propriedade do senhor Evald. Se assim fosse todas as propriedades seriam transformadas em passeios ecológicos e os turistas aflorariam em profusão, é isto mesmo? Vou citar somente para comentar o que acontece na cidade de Abelardo Luz em Santa Catarina, onde se localiza uma da mais espetaculares quedas d’agua do Rio Chapecó, com uma altura de 100 metros, todo o Rio despenca em duas quedas cinematográficas, a menos de 200 metros da estrada que vai para o Paraná. Para melhor aproveitar o cenário a prefeitura elaborou um grande projeto de condomínio fechado com um hotel de nível internacional, um conjunto de casas de veraneio e de moradia de alto luxo e mais ainda um complexo de visitação com trilhas, piscinas, eco turismo, etc,etc, etc. Como sou um interessado no assunto turismo ecológico fui visitar as quedas.Belíssimas.Mas...........Para almoçar tive que pedir um ovo frito no boteco da beira da estrada. Para visitar as quedas tive que me deslocar por meio de vielas cheias de lixo, com cheiro de urina.O hotel está as moscas, o condomínio não vingou, a portaria está abandonada, os sem terras invadiram parte do parque.Visitei o prefeito e disse a ele que se tivesse uma usina hidrelétrica usando 40% da água do rio, o retorno ambiental e de ICMS para a prefeitura seria da ordem de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões) por ano. Sabe qual a resposta do mandatário?Com este dinheiro o município resolveria o problema dos sem tetos e ajudaria os sem terras, que são o maior problema da região, sempre com conflitos que resultam em morte.O que fazer? NADA. O parque está criado, e não existe caso (que eu conheça) de um ex-parque.Para concluir.Nós da Corupá temos como preocupação inicial não fazer nenhuma agressão ao meio ambiente, a nossa usina, de todas que tenho conhecimento, é a de menor impacto ambiental, tenho certeza que se o senhor conhecesse o projeto e o local de implantação, a sua opinião sofreria real mudança.Não é possível que uma usina que tem 0,45 h a de alagamento, que não vai retirar nenhuma arvore de preservação, que possibilitara a autonomia ao Parque Ecológico, que aumentará o retorno de ICMS do município em 15%, que injetará 28 milhões de reais no município seja considerada um desrespeito ao município.O nosso trabalho é serio, não ficamos 4 anos estudando, para sermos tratados como seres inferiores que só pensam em destruir. O nosso pensamento é o de evoluir, não retroceder ao tempo do extrativismo. Somente o progresso pode trazer melhoria ambiental, o retrocesso causa bananas na cota 500. O empobrecimento da população é que causou a devastação nas encostas, não foi outra causa. O progresso motiva as pessoas a cuidar do meio ambiente, o antropismo da região é que determinou seu atual estagio de coisas, se não levarmos o progresso, e com isto o retorno financeiro para a população, ela fará da maneira que achar melhor para sua sobrevivência. Os palmitos já não existem na região, as araucárias sumiram, não existe nenhuma – repito – não existe nenhuma araucária na parte de montante da usina, (a jusante elas não se desenvolvem por causa da altitude), na parte do alagamento o que mais existe são bambus (muitos, muitos) representando mata que foi retirada.Somos pequenos empresários da região, não somos suíços ricos que com dor na consciência investem em projetos de meio ambiente no terceiro mundo, estamos tentando trabalhar em prol do desenvolvimento sustentado da região. Enquanto isso o senhor nos acusa sem nos ouvir. Eu não o conheço e nunca conversei com o senhor. Seu artigo foi publicado com a maior impunidade do mundo, do alto da sua sabedoria. O senhor não me ouviu, o senhor não me procurou para saber da realidade. Pergunto.Será que o senhor foi ético?Será que o senhor não agiu de má fé?Ou foi apenas arrogância?Eu sou o errado, o que está afrontando a cidade e o senhor que não me procurou e não quis saber da realidade é o ético e o salvador da ecologia e da mata? E isto? E se por um acaso eu estiver com a razão e a hidrelétrica for um bem para a comunidade? Quem vai pagar o meu desgaste perante a sociedade?Gostaria de convidar o senhor para visitar a usina, estarei a disposição, podes marcar a data, sendo que a visita tem que iniciar na parte da manhã para irmos até a barragem, com um passeio ecológico no meio dos pinus muito interessante. Depois almoçamos no melhor restaurante de Corupá (o único) e depois vamos até o desemboque. É necessário tanto tempo porque a parte de montante não tem ligação com a parte de jusante e temos que dar uma grande volta de 50 km.No aguardo de resposta.

Por Lorenzo Aldé
21 de dezembro de 2004
Reportagens
17 de dezembro de 2004

O Rio Antigo em novo olhar

Leia o primeiro capítulo do livro de Pedro da Cunha e Menezes que traz imagens inéditas do Rio de Janeiro nos séculos XVIII e XIX encontradas na Austrália.

Por Lorenzo Aldé
17 de dezembro de 2004
Reportagens
17 de dezembro de 2004

Virada em Barra Grande

Num gesto inesperado, desembargador reconsidera sua decisão, decide impedir a derrubada de 4 mil hectares de Mata Atlântica e convoca as partes para negociar.

Por Lorenzo Aldé
17 de dezembro de 2004
Notícias
14 de dezembro de 2004

Novo Parque

O Ibama anunciou a intenção de criar o Parque Nacional de Juruena, segundo maior do país. A nova unidade de conservação deve ocupar uma área de 3 milhões de hectares, entre os estados do Mato Grosso e do Amazonas. A região faz parte do "arco do desmatamento" e abriga, além da Floresta Amazônica, áreas alagadas e de Cerrado. Na quarta-feira, 15 de dezembro, às 15:30, o gerente-executivo do Ibama local, Hugo José Scheuer Werle, concede uma entrevista coletiva para explicar o plano de criação do Parque. A primeira consulta pública já está marcada: acontece no próximo dia 28, no município de Apiacás (MT). O Parque Nacional de Juruena só perderá, em área, para o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, no Amapá, que tem 3,8 milhões de hectares.

Por Lorenzo Aldé
14 de dezembro de 2004