Notícias
8 de novembro de 2004

Conquista do Pólo Sul

Jefferson Cardia Simões será o primeiro brasileiro a chegar ao Pólo Sul. O glaciólogo gaúcho, membro do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), integra uma expedição liderada por cientistas chilenos do Centro de Estudios Científicos de Valdivia. Eles chegaram no domingo, 7 de novembro, à estação Patriot Hills, na Antártica, de onde seguirão por terra até o Pólo Sul Geográfico (90° S), coletando amostras de gelo de até 50 metros de profundidade a cada 110 km. A travessia está associada à Expedição Científica Transantártica Internacional (ITASE, na sigla em inglês), que reúne 20 países com o objetivo de estudar o gelo acumulado ao longo dos últimos 200 anos no continente para compreender as transformações recentes do clima, do ciclo hidrológico e da atmosfera terrestre. A viagem vai durar dois meses e meio e os relatórios diários dos dois brasileiros participantes (o pesquisador Francisco Eliseu Aquino ficará na base da expedição) podem ser acompanhados em um site da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde lecionam.

Por Lorenzo Aldé
8 de novembro de 2004
Reportagens
8 de novembro de 2004

Caiu a liminar

Desembargador libera novamente o corte de 4 mil hectares de Mata Atlântica para a hidrelétrica de Barra Grande. Os ambientalistas se organizam para recorrer.

Por Lorenzo Aldé
8 de novembro de 2004
Notícias
7 de novembro de 2004

Fracasso coletivo

O jornal O Globo (gratuito, pede cadastro) noticiou um caso exemplar da ineficiência do governo federal na defesa do meio ambiente. Lançado em março, o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal previa ações articuladas de 13 ministérios sob o comando da Casa Civil, com ênfase na regularização fundiária, fiscalização e fomento a atividades sustentáveis. O resultado dos cinco primeiros meses de esforço concentrado? Apenas 2% das 231 metas traçadas para 2004 foram alcançadas. E o governo já admite que os índices de desmatamento este ano devem manter-se estáveis. Ou seja, altíssimos.

Por Lorenzo Aldé
7 de novembro de 2004
Notícias
5 de novembro de 2004

Maus-tratos e mau gosto

Os seres humanos não têm quem os defenda do programa de Tom Cavalcante. Mas os bichos têm. O comediante da Rede Record lançou uma espécie de reality show em que vence quem consegue passar uma semana ao lado de um animal. Na primeira edição do programa, o escolhido foi um bode. Só que em vez de botar o candidato pra viver no habitat animal, fizeram o bicho enfrentar a rotina na cidade de São Paulo. E isso é crime. É o que sustenta o advogado Rogério Gonçalves, que na quinta-feira, 4 de novembro, entrou com um pedido de abertura de inquérito na Delegacia Especializada contra Crimes do Meio Ambiente. Ele acusa o proprietário do bode, o condutor do veículo e a produção do programa de maus-tratos e ridicularização do animal. Tom Cavalcante não escapou da denúncia, por conivência. Flagrado trancado num carro Fiesta na avenida paulista no último sábado, o bode foi devolvido ao dono. Mas na segunda a Record já tinha arranjado um substituto. Vem mais processo por aí.

Por Lorenzo Aldé
5 de novembro de 2004
Reportagens
5 de novembro de 2004

Entrou areia

Força-tarefa multa em 500 mil reais um loteamento às margens de lagoa em Resende, no estado do Rio. Dezessete casas terão que ser demolidas e a área recuperada.

Por Lorenzo Aldé
5 de novembro de 2004
Reportagens
5 de novembro de 2004

De catador a empresário

Cooperativas mobilizam milhares de catadores de lixo em todo o país, aproveitando a onda favorável do mercado de reciclados e o apoio de projetos sociais.

Por Lorenzo Aldé
5 de novembro de 2004
Notícias
5 de novembro de 2004

A volta do caso Duda

Nesta sexta-feira, 5 de novembro, volta à cena o caso Duda Mendonça e seu gosto por rinhas de galo. Às 10 da manhã, em manifestações simultâneas no Rio e em São Paulo, entidades de defesa dos animais divulgam uma moção de apoio ao Ministério Público e à Polícia Federal pela ação que fechou uma rinha em Jacarepaguá e resultou na prisão do publicitário. Organizado no Rio pela Sociedade Mundial para a Proteção Animal (WSPA, na sigla em inglês), e em São Paulo pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa do Animal, o ato acontece em frente às sedes do Ministério Público Federal nas duas cidades.

Por Lorenzo Aldé
5 de novembro de 2004
Notícias
4 de novembro de 2004

Túnel do tempo

O que as plantas e pólens fossilizados têm a ver com o aquecimento global? Paleobotânicos e palinólogos têm várias teorias a respeito da importância dos registros fósseis para compreender as mudanças climáticas e as transformações ambientais. Entre os dias 7 e 11 de novembro, alguns dos maiores especialistas do mundo vão se encontrar em Gramado (RS) para esmiuçar o tema "Passado, Chave para o Futuro". É a XI Reunião de Paleobotânicos e Palinólogos (RPP), que vai ter debates, palestras, excursões de campo e a presença de gente como David Dilcher, da Universidade de Gainesville, Flórida, responsável pela descoberta dos mais antigos restos de plantas com flores, na China. Vêm também o americano Scott Wing, um dos mais importantes paleobotânicos em atividade, o mexicano Javier Helénes e a francesa Edwige Masure, ambos especialistas em dinoflagelados (organismo unicelulares aquáticos) do Cretáceo, entre outros pesquisadores estrangeiros. Receberá uma homenagem especial a brasileira Orthrud Monika Barth Schatzmayr, que estuda a palinologia do mel (melissopalinologia). Realizado pela Unisinos e Universidade Federal do Rio Grande do Sul com patrocínio da Petrobras, o evento tem cerca de 150 trabalhos inscritos e vai reunir as mais importantes instituições científicas do país.

Por Lorenzo Aldé
4 de novembro de 2004
Análises
27 de outubro de 2004

Parabéns

De André UraniDiretor Executivo do IETSInstituto de Estudos de Trabalho e SociedadeAcabo de dar uma navegada no site de vocês. Parabéns: ficou realmente muito bom!Um abraço,

Por Lorenzo Aldé
27 de outubro de 2004
Notícias
26 de outubro de 2004

Usina mortal

O Ministério Público Federal abriu uma ação contra a Tractebel, empresa belga responsável pela Usina Jorge Lacerda, em Santa Catarina. Apenas em 1986 foi feito o primeiro Estudo de Impacto Ambiental (EIA) sobre as atividades da empresa, inaugurada em 1957. O resultado foi alarmante: a região apresentava um índice médio de mortalidade por câncer e doenças respiratórias superior aos do estado e do país, além de registrar taxas altas de anomalias congênitas no sistema nervoso, incluindo anencefalia (fetos sem cérebro), e de mortalidade de crianças menores de 1 ano por doenças respiratórias. Ainda assim, a maior termoelétrica da América Latina continuou funcionando normalmente e sem fiscalização. Em 1997, inaugurou sua quarta unidade de geração de energia. Estima-se que a queima de carvão pela Usina, sem contar o desmatamento que já foi objeto de outro processo nos anos 90, despejou na atmosfera, em 10 anos, um total de 22 toneladas de arsênio, 53 de bário, 100 de chumbo, 3.380 de flúor, 40 de selênio e 500 quilos do radioativo urânio, além das 156 mil toneladas de dióxido de enxofre que emite... por ano! Entre outros elementos nocivos. A ação civil pública pede uma Auditoria Ambiental para detalhar a poluição produzida e seus efeitos, e a indenização às pessoas vitimadas por doenças ligadas às emissões, além de impor a adequação dos níveis de poluição. Por sua omissão durante todos esses anos, estarão no banco dos réus ao lado da empresa a União, o Ibama, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a FATMA (órgão ambiental do estado).

Por Lorenzo Aldé
26 de outubro de 2004