Notícias
22 de outubro de 2004

Nova literatura

A Conservação Internacional do Brasil vai lançar este mês a revista Megadiversidade. A proposta é abrir espaço para a publicação de artigos ou trabalhos acadêmicos sobre temas ligados à conservação ambiental no Brasil. A primeira edição vai ter como matéria de capa o relatório desenvolvido este ano pela organização sobre as conseqüências de se explorar petróleo e gás perto do Banco de Abrolhos, no sul da Bahia. O documento foi essencial para impedir que fosse concedido licença ambiental para a exploração da região.

Por Redação ((o))eco
22 de outubro de 2004
Notícias
22 de outubro de 2004

Praga amazônica

Se fossem planta, certamente seriam classificadas como praga, tal é a velocidade de sua expansão e o tamanho do mal que fazem ao meio ambiente. São as estradas piratas, um fenômeno antigo na Amazônia mas que na última década começaram a ser abertas em ritmo de Brasil Grande. Os empreiteiros são as madeireiras, cuja avidez por árvores na mata virgem não respeita nem as áreas legalmente protegidas. Só no centro-oeste do Pará há mais de 20 mil quilômetros de rodovias clandestinas – o equivalente a 2/3 da malha de estradas federais no país inteiro. O número foi apurado em 2001 pelo Imazon, de Belém do Pará, que está prestes a concluir novo estudo sobre o problema. Seus técnicos apostam que no centro-oeste do estado, vão contabilizar desta vez 50 mil quilômetros clandestinos.

Por Redação ((o))eco
22 de outubro de 2004
Reportagens
20 de outubro de 2004

Aula de Amazônia

A longo prazo, a ocupação sustentável, pedra de toque da política ambiental de Lula, torna a floresta insustentável. As reservas extrativistas sufocam o mato.

Por Redação ((o))eco
20 de outubro de 2004
Reportagens
19 de outubro de 2004

A volta do Brasil Grande

Em Curitiba, holandês propõe sistema mundial de unidades de conservação para enfrentar as extinções que se aproximam. O Brasil é a Arca de Noé do aquecimento global.

Por Redação ((o))eco
19 de outubro de 2004
Reportagens
18 de outubro de 2004

Do tamanho do Brasil

Palestrante em Curitiba, americano diz que somos o último país com natureza em escala continental e lança o desafio de preservá-la em sua atual dimensão.

Por Redação ((o))eco
18 de outubro de 2004
Notícias
18 de outubro de 2004

Tempestade de areia

As dunas do Peró, no litoral do estado do Rio, estão invadindo casas e ameaçam soterrar um lago importante para o ecossistema da região. O caso tem tirado o sono dos moradores locais e chamou a atenção da mídia. Numa tentativa de acalmar os ânimos, a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) e o Ibama levaram especialistas em dunas para conversar com o Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pau-Brasil, onde fica a faixa de dunas. Eles explicaram para a comunidade local o comportamento das montanhas de areia e as possíveis soluções para o problema. O Ibama, a Feema e técnicos do Laboratório de Geologia Costeira e Sedimentologia da UFRJ pretendem apresentar em um mês um plano emergencial para a região. Depois, será desenvolvido um projeto de médio prazo para conter o avanço das dunas. João Batista, Chefe da Divisão de Estudos Ambientais da Feema, cita como uma possível medida de contenção o reflorestamento das áreas próximas.

Por Redação ((o))eco
18 de outubro de 2004
Notícias
18 de outubro de 2004

O lado positivo

A decisão do juiz Ronald Pietre de negar o pedido do Ministério Público de remover uma comunidade instalada em área de risco à beira do rio Piabanha, em Petrópolis (RJ), produziu um fato positivo: a união do Ministério Público Estadual com a Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas). Depois da repercussão da sentença judicial na mídia, o presidente da Serla procurou o Ministério Público de Petrópolis e propôs uma parceria inédita entre os dois órgãos. Sexta-feira, dia 22, será realizada uma reunião para traçar um plano de preservação das margens do rio Paraíba do Sul e seus afluentes.

Por Redação ((o))eco
18 de outubro de 2004
Análises
16 de outubro de 2004

Mato Grosso

De Ciro Fernando SiqueiraCaro André Alves,O que tu consideras mais fácil, atender as exigências das DRT's ou comprar um trator?? Gostaria de chamar atenção para o tratamento que a mídia está dando ao que se convencionou chamar de "erradicação do trabalho escravo". Quando a sociedade joga sobre os proprietários rurais a pecha de "escravagistas" e brada pela "erradicação do trabalho escravo", a reação dos proprietários é simples: eles substituem mão-de-obra braçal por máquinas e herbicidas (aumentando escala de produção com a conseqüente concentração da propriedade da terra), resultando em redução dos postos de trabalho no campo, redução da renda rural, êxodo, urbanização, favela, violência urbana, etc., etc. Pensar é sempre bom André. Existe um ditado popular que diz que "de bem intencionados o inferno está cheio". Não é mais do que um reflexo da percepção de que ninguém e capaz de prever todas as conseqüências das atitudes que toma. As favelas de hoje foram cultivadas inconscientemente ontem, assim como as favelas de amanhã são cultivadas inconscientemente hoje. Ninguém favorece êxodo rural e favelização deliberadamente. Tu és capaz de imaginar alguém, por ocasião dos estertores do feudalismo europeu, nos burgos que floresciam, quando as relações de trabalho eram terríveis (por desbalanço entre oferta e demanda de mão-de-obra), bradando pela "erradicação do trabalho"?? Ou durante a revolução industrial ?? Talvez, meu caro André, "regulamentar adequadamente o trabalho rural" não cause tanta comoção social, ou venda tanto jornal, quando "erradicação do trabalho escravo". Esse é um problema inerente à prática do jornalismo, grosso modo, é um problema muito mais de vocês do que meu. Acho desnecessário lembrar que o OECO nasceu com a proposta de trazer uma abordagem das questões ambientais diferente do "denuncismo" trágico corriqueiro na mídia convencional. Se tu quiseres aprender mais sobre a tal "erradicação do trabalho escravo" procura o Dr. Gervásio Castro de Rezende no IPEA do Rio, pergunta a opinião dele sobre o assunto e ABRE a tua mente pra OUVIR (e não apenas escutar) a resposta. Quanto a questão da substituição da não-de-obra braçal por máquinas a percepção que eu descrevo nesse e-mail é, não apenas acadêmica, já que eu estou concluindo pós graduação em economia ambiental, mas também empírica, uma vez que sou de uma região da Amazônia onde nunca se vendeu tanta roçadeira e pulverizador de herbicida do que nos últimos 2 anos. Sinceramente eu duvido que venha a receber uma resposta, mas eu gostaria de ver o resultado do possível exercício de raciocínio que esse e-mail vá desencadear em quem o ler. Em todo caso, o editor tem o meu endereço eletrônico. Forte abraço, Respeitosamente,

Por Redação ((o))eco
16 de outubro de 2004
Notícias
14 de outubro de 2004

Desfazendo a barbeiragem

O governo do Rio Grande do Sul foi convidado a se explicar sobre um decreto assinado no dia 28 de setembro, que faz o Parque Estadual do Delta do Jacuí virar Área de Proteção Ambiental (APA). Isso significaria um rebaixamento da área, já que os Parques merecem proteção integral e as APAs aceitam as mais diversas intervenções humanas. Acontece que só é permitido desfazer unidades de conservação alterando-se a lei, nunca por decreto (art. 225 da Constituição). Entidades ambientalistas convocaram uma audiência pública com as partes envolvidas para o dia 25 de outubro. Como o decreto é flagrantemente inconstitucional, a tendência é moverem uma ação civil pública contra o executivo estadual.

Por Redação ((o))eco
14 de outubro de 2004