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13 de setembro de 2004

Fogo fúnebre

A prática de queimadas não respeita vivos nem mortos. A capital do Acre, Rio Branco, foi tomada na tarde desta segunda-feira, 13 de setembro, por densas nuvens de fumaça. As chamas tomaram conta do cemitério Jardim da Saudade. Semana passada, a prefeitura mandou roçar, pela primeira vez no ano, o mato alto que quase cobria as sepulturas. Agora, ao que parece, ateou fogo no terreno para terminar de limpá-lo. Para desespero da população, obrigada a conviver, nesta época do ano, com a sufocante fumaça vinda dos milhares de focos de incêndio do campo e trazida pelo vento das queimadas na Bolívia, Rondônia e Mato Grosso. (Foto: Altino Machado)

Por Redação ((o))eco
13 de setembro de 2004
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13 de setembro de 2004

Nosso Parque de volta!

Os ambientalistas foram pegos de surpresa pela suspensão do decreto presidencial que cria o Parque Nacional da Serra do Itajaí, decidida por um juiz substituto de Blumenau (SC) no dia 6 de setembro. Naturalmente protegida pelas dificuldades de acesso, a área não se presta à agricultura e sua preservação afeta poucas propriedades particulares. Ou seja, o Parque Nacional tinha tudo para ser criado sem maiores problemas. Não durou três meses antes que os interesses privados ganhassem tempo na Justiça para lutar contra o patrimônio coletivo. Passado o espanto inicial, as instituições de defesa ambiental do estado estão se mobilizando para pressionar como podem pela volta do Parque. Já está no ar, no site da Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi), uma campanha para encher a caixa de mensagens do juiz Edilberto Barbosa Clementino, pedindo a revogação da liminar assinada por ele.

Por Redação ((o))eco
13 de setembro de 2004
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13 de setembro de 2004

SOS Serra da Capivara

Atenção fundações que cuidam do meio ambiente. O dinheiro da Fundação Museu do Homem Americano, que tem suplementado os magros recursos do Ibama na manutenção do Parque Nacional da Serra da Capivara e seu importante acervo arqueológico, está acabando. Não bastasse isto, Niède Guidon não conseguiu convencer o governo a comprar 10.000 hectares vizinhos ao Parque, ameaçados pelas queimadas e pela ação de fazendeiros sem visão. Vai começar, mês que vem, uma campanha para levantar os US$ 100 mil necessários para a aquisição do terreno. Independentemente das polêmicas opiniões da arqueóloga, uma coisa não dá para discutir: o patrimônio natural e arqueológico da Serra da Capivara tem valor inestimável e deve ser preservado.

Por Redação ((o))eco
13 de setembro de 2004
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13 de setembro de 2004

Pelo cansaço

No Paraná, a indústria ilegal de madeira está vencendo a fiscalização ambiental pelo cansaço. Mesmo multadas, madeireiras continuam ignorando solenemente a legislação e colocando em risco os planos de preservação da Mata Atlântica e das últimas reservas naturais de araucária do mundo. No município de Palmas, em área de Mata Atlântica já escolhida pelo governo para a criação de um Parque Estadual, a serraria catarinense Vensão já derrubou milhares de imbuias (Ocotea porosa), espécie ameaçada de extinção. Foi autuada pelo Ibama este ano, mas não se incomodou muito com isso. Desde então só fez expandir a devastação (na foto acima, o pátio da madeireira em Palmas).Em Candói, estão em andamento estudos para a criação de uma Unidade de Conservação que proteja a floresta de araucárias. Se a medida não for tomada logo, daqui a pouco não haverá mais o que preservar. No dia 24 de agosto foram flagrados tratores de esteira botando a mata abaixo, e outros menores “limpando” e gradeando a área (na foto, araucárias arrasadas em Candói). (Fotos: João de Deus Medeiros)

Por Redação ((o))eco
13 de setembro de 2004
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10 de setembro de 2004

Beleza interior

No dia 15 de setembro começa a Casa Cor, o mais badalado evento de decoração do Rio de Janeiro. Mas para os moradores da rua onde decidiu hospedar-se este ano, ela já começou há bastante tempo. Há dois meses, a pacata rua Mary Pessoa, na Gávea, presencia a invasão de uma espécie exógena. De repente, a casa colonial número 116 começou a ser habitada por vários operários que trabalhavam dia e noite e produziam, com freqüência, uma nuvem de poeira. Em frente à casa, instalou-se um caminhão com gerador e um enorme contêiner que serve de banheiro aos trabalhadores. Carros começaram a se proliferar nas margens da calçada. Diversos seguranças contratados espalharam cones por toda a extensão da rua, inventando vagas “reservadas” para os arquitetos e decoradores que iam e vinham. Nas vésperas da inauguração, pedestres estão sendo obrigados a atravessar a rua ou andar pelo asfalto porque as calçadas apareceram tomadas por cabos da Light, providenciados às pressas para garantir energia extra à noite de abertura. Curiosa, a equipe do O Eco entrou na Casa Cor e constatou que tanto movimento rendeu um belo resultado, mas só dentro da casa. Do lado de fora, faltou arquitetar melhor o uso do espaço público.

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10 de setembro de 2004
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10 de setembro de 2004

Agradecimento

De Paulo Sergio E. de A. MoraesPrezados editores do O ECO,Venho por meio desta missiva agradecer aos Srs. pelos magníficos textos que estou tendo o privilégio de ler em vosso site, principalmente os produzidos pela Sra. Maria Tereza Jorge Pádua, que demonstra grande ciência em matéria de conhecimento de nossa terra e com a qualidade de não ser pedante. Gostaria de fazer uma sugestão: os Srs. poderiam articular com alguma emissora de rádio a realização de um programa sobre meio ambiente, que tal?

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10 de setembro de 2004
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9 de setembro de 2004

Cães…

De Fabio SantosParabéns pela matéria, gostaria muito de ver a reação das pessoas donasde cães. Numa sociedade onde se fazem festas de aniversário para cachorros, com bolo, convidados de quatro patas e tudo que tem direito (acho que vou abrir uma empresa de animação de festas caninas) e na sua porta um ser humano passa

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9 de setembro de 2004
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5 de setembro de 2004

Desperdício

O morador do Corte do Cantagalo – na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro – que acordou cedo no domingo achou que tinha caído um dilúvio sobre a cidade de madrugada. A avenida Epitácio Pessoa estava inundada em dois trechos, dando passagem a apenas um carro. Não era culpa da natureza. Apenas a consequência de mais um dos habituais estouros na tubulação da Cedae, a estatal que cuida da água e do esgoto. O desperdício continuou tarde adentro, enquanto uma equipe lutava para conter o vazamento.

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5 de setembro de 2004
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3 de setembro de 2004

A primeira vez

Na quinta-feira, 2 de setembro, em Cubatão (SP), aconteceu uma audiência pública absolutamente inédita no Brasil. Ela discutiu o primeiro relatório de impacto ambiental do país sobre as conseqüências de uma dragagem. O estudo foi encomendado pela Fosfértil, fabricante de fertilizantes que se utiliza de um terminal próprio, no Porto de Santos, para importar seus insumos. O canal que leva a este terminal – utilizado também pela Cosipa – precisa ganhar mais profundidade. A Cetesb tinha suspendido a sua dragagem em 1996, depois que foi constatada a presença de poluentes no fundo da via de navegação. Topou rever a decisão desde que fosse feito o estudo de impacto para saber a qualidade do material que seria retirado e onde ele acabaria depositado. A decisão final sobre a dragagem será da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e do Ibama.

Por Redação ((o))eco
3 de setembro de 2004