
Nesta segunda-feira (13), foi publicada no Diário Oficial da União, a Portaria que nomeia a equipe da Comissão de Ética do Ministério do Meio Ambiente. A nomeação feita por Salles, com mais de 13 meses de atraso, exclui da Comissão o servidor Marcelo Grossi, que no final de junho havia denunciado a inoperância do grupo, que estava com apenas dois suplentes na época. Para operar, a comissão precisa de três titulares e seus respectivos suplentes.
Grossi ocupava o cargo de secretário-executivo da comissão desde setembro de 2018 e, em nota técnica enviada à Corregedoria-Geral da República, ao Tribunal de Contas da União e à Comissão de Ética da Presidência, no dia 30 de junho, ele denunciava o atraso do ministro em fazer as nomeações dos integrantes necessários para comissão funcionar e pedia aos órgãos que cobrassem Salles sobre o tema.
Segundo Grossi, a nova composição já estaria definida desde abril e só aguardava a canetada do ministro para autorizar as nomeações. De acordo com informações apuradas pelo Estadão, a escolha dos nomes publicados na Portaria nesta segunda-feira desconsiderou esse processo seletivo interno no ministério, que foi conduzido entre novembro de 2019 e março deste ano, para escolher os integrantes da comissão.
Leia também
Leia também

Membros do governo desmentem possível queda de Salles
Após especulações sobre saída do ministro do Meio Ambiente, Wajngarten e Zambelli garantem permanência dele no cargo, o que aumenta as especulações sobre a situação de Salles →

Supremo encaminha à Procuradoria pedido de inquérito contra Salles
Pedido foi feito por grupo de parlamentares que pressiona pela saída do ministro do meio ambiente. Cabe a Procuradoria decidir se abre investigação ou não →

MPF pede o afastamento imediato de Ricardo Salles do cargo de ministro do Meio Ambiente
Procuradores consideram o ministro responsável pelo desmonte do sistema de proteção ambiental do país e o acusam de improbidade administrativa →